segunda-feira, 8 de outubro de 2007
CICLISTAS NÃO SE SENTEM SEGUROS
Em Taguatinga, tem aumentado o número de carros e algumas pessoas, principalmente, estudantes, têm deixado o carro em casa e colocado sua bicicleta nas ruas. Por um lado, o hábito é saudável, porém, representa um grande risco para a vida.
O aumento de acidentes entre bicicletas e veículos automotores cresceu em Taguatinga, segundo o Departamento de Trânsito do DF (Detran) é a cidade que apresenta a maior taxa de mortes por acidentes de bicicleta no Distrito Federal. Em 2003, o Detran-DF registrou 70 mortes com ciclistas e, em 2002, Taguatinga liderou com 12 mortos. As causas principais são as vias perigosas, a falta de ciclovia, a irresponsabilidade de alguns ciclistas e a imprudência dos motoristas.
Jean Lima usa a bicicleta para ir à faculdade e reclama da falta de segurança. “Não há espaço para os ciclistas, então procuro lugares menos movimentados”. Jean ainda diz que alguns motoristas sinalizam errado ao entrar nas vias. “A seta faz diferença para nós ciclistas, que temos a preferência, muitos dão a seta errada, já não confio mais”, afirma.
A Organização Não Governamental (ONG) Rodas da Paz, criada em 2003, tem como objetivo promover ações de conscientização de segurança no trânsito para todos. “Já fizemos várias palestras nas escolas em Taguatinga e passeios ciclísticos em que voluntários levam cartilhas e explicam como se comportar no trânsito de forma segura”, disse a assessora de imprensa do Rodas da Paz, Caroline Aguiar.
Segundo o artigo 58 do Código de Trânsito Brasileiro, quando não há ciclovia ou acostamento, o ciclista tem o direito de pedalar na rua usando o mesmo sentido da via, além de ter a preferência. O veículo automotivo tem que estar pelo menos 1,2 Km de distância da bicicleta, podendo receber multa. Marivaldo Machado utiliza a bicicleta para ir à faculdade e reclama da falta de acabamento das ciclovias. “Pego a ciclovia que liga Samambaia a Taguatinga, mas as emendas na pista são obstáculos, mal feito”, diz.
Fernando Dias, 37, sai todos os dias de bicicleta, da Ceilândia, onde mora, até ao Plano Piloto, onde trabalha como agente patrimonial próximo à Biblioteca Nacional. Segundo ele, além de usar a bicicleta como meio de transporte, também aproveita para praticar exercício físico. Mas o trânsito não facilita muito, “O maior empecilho são os ônibus, eles não respeitam e tiram fino na gente. Faltam ciclovia e motoristas mais conscientes, afinal, a desigualdade é grande entre a bicicleta e o carro”, diz. Fernando já sofreu acidente com a bicicleta, “Um cara foi tentar fazer um gato e meu pegou”, afirma.
Muitos são os cuidados que os ciclistas precisam ter ao andar nas ruas. Jamais devem competir com os carros. Quando perceber que eles não vão dar a preferência, o jeito é encostar e deixá-lo passar. No Brasil, não há a cultura de usar a bicicleta como meio de transporte. Em alguns países, como o Japão, esse costume é bem comum e, os motoristas, já estão acostumados e respeitam.
Reduzir acidentes é uma tarefa do motorista e do ciclista. Sejamos conscientes!!!
Thaiza Murray
sexta-feira, 24 de agosto de 2007
Artesãs de Samambaia focam a conservação ambiental
Thaiza Murray
Um grupo de artesãs de Samambaia, Distrito Federal percebeu que o Cerrado é uma fonte de riqueza natural e econômica. A partir da preocupação com as questões ambientais do Cerrado, foi criada a empresa Flor do Cerrado, que tem como objetivo propagar por meio de seus produtos a consciência da conservação ambiental.
A responsável pelo projeto ambiental, Rose Mendes, nascida em Brasília, diz que tem acompanhado o Cerrado sendo cada vez mais destruído com as queimadas e afirma, “O Cerrado não fala, mas ele chora”. Com essa idéia, o grupo de artesãs de Samambaia tem estimulado com a criação de seus produtos a importância da sustentabilidade do meio ambiente.
O Cerrado brasileiro, segunda formação por extensão no país, correspondia a 2 milhões de Km2, abrangendo doze estados do Brasil. Contudo, hoje, restam somente 20% desse total e menos 2% protegido por parques ou reservas.
Com a diminuição da área do Cerrado, diminuem espécies vegetais e animais na região. A fauna e a flora acabam sendo destruídas devido ao desmatamento, queimadas e ocupação humana.
O Cerrado é caracterizado pelas suas árvores de troncos retorcidos e recurvados, com folhas grossas e esparsas. Durante muitos anos sua área foi considerada não proveitosa para a economia do Brasil.
Os produtos produzidos pela Flor do Cerrado são ornamentos e acessórios femininos. “O processo é todo natural e ecologicamente correto”, afirma Rose. Para a produção são colhidas plantas típicas do Cerrado, que já caíram das árvores e estas vão para cozimento no fogão à lenha. O processo não termina na colheita das plantas na natureza. Em um terreno próprio, onde foram plantadas árvores da vegetação nativa de Brasília, Rose pesquisa as principais plantas, período de germinação e a fisiologia vegetal. Ela busca aperfeiçoar seus produtos, pesquisando a melhor forma de aproveitar o que a natureza descarta, sem agredi-la.
O tingimento também é feito de maneira natural utilizando serragens, mamonas, açafrão, urucum e ferrugens. Inclusive a fixação das cores nas plantas é natural, são expostas no mordente, isto é, nas cinzas.
Rose afirma que hoje 50% de seus produtos são exportados e com eles a história do Cerrado e a importância da conservação ambiental.
A responsabilidade sócio-ambiental é forma com que as pessoas de uma comunidade ou empresas contribuem na conservação do meio ambiente.
De que forma pode-se exercer a responsabilidade sócio-ambiental? Cuidando para o que existe no meio ambiente seja conservado, sustentado, renovado e não destruído.
A responsabilidade sócio-ambiental começa em pequenos gestos e moradores de Samambaia em suas pequenas ações têm mostrado para todos, os resultados positivos de seu trabalho. “Mais do que ganhar dinheiro, nos preocupamos com o meio ambiente. Vendemos nossos produtos, mas, mais do que isso, vendemos um conceito. O conceito de preservar o Cerrado”, diz Rose.
Foto: Thaiza Murray
domingo, 19 de agosto de 2007
Desemprego: desgaste social
A falta de emprego no Brasil, não é um assunto fora de moda, mas que infelizmente, ainda hoje, nos causa inquietudes, devido há todos esses anos não ter tido uma solução, causando assim, um desgaste social.
Foi feita recentemente uma análise pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócios-Econômicos (Dieese), segundo a qual o maior problema brasileiro na última década foi o desemprego e, no século, a distribuição de renda. A análise do Dieese baseou-se em dados levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Muitas são as causas que atribuímos o desemprego, essa situação em que parcela da força de trabalho não consegue obter ocupação. Diversas empresas preferem investir em seus próprios empregados, aperfeiçoando-os e promovendo-os para outras áreas dentro da própria empresa, a contratar outras pessoas dando-as oportunidades de entrar no mercado de trabalho. Um dos fatores da falta de oportunidade é devido as pessoas não apresentarem especialização, despreparadas para o mercado atual, pois nem a graduação, hoje, garante alguma coisa. As indústrias, ultimamente, vêm aumentando cada vez mais a sua produção, sem ao menos, se preocuparem em providenciar uma redução devida da jornada de trabalho. Isso colabora para o desgaste social.
Como as pessoas não conseguem empregos, elas apelam para a economia informal, constituindo assim, um conjunto de atividades econômicas sem registro de empregados ou recolhimento regular de impostos, abrangendo o comércio, a produção e a prestação de serviços em pequena escala como o de camelôs, artesões, engraxates e atividades ilegais, como o contrabando.
Em decorrência do baixo crescimento econômico, o aumento da produtividade sem a devida redução da jornada de trabalho, a abertura da economia, as altas taxas de juros e a elevada carga tributária, não há como acabar de vez com o desemprego. Mas cada estado poderia investir no setor que demonstra mais vocação, gerando empregos em todas as áreas e departamentos nos setores agropecuários, comércios, indústrias, serviços domésticos, instituições financeiras e construções civis, concedendo assim, oportunidades a todos para adentrar no mercado de trabalho.
segunda-feira, 16 de julho de 2007
A música e o papel social
A música diz muito o que o indivíduo representa. É uma forma de expressão intrínseca do homem e está presente desde o início de sua existência. A música é de extrema importância na vida das pessoas. Em um filme de terror, por exemplo, não apresenta o mesmo impacto sem a música de suspense. Se fosse mudo, não proporcionaria o "medo" e “expectativa”. Nem um filme de romance, teria sentido, sem o glamour da música romântica, que envolve o telespectador, fazendo-o até emocionar-se.
Com a mudança grotesca do funk trouxe em suas letras apologias ao tráfico e consumo de drogas, prostituição e violência. A sua divulgação, transformam temas complexos e submundos, banais para o grupo que as ouvem. A música tem o poder de conduzir o homem. E quando a música apresenta uma letra negativa, como o funk “adultério”, o indivíduo é envolvido de tal forma, a aceitar naturalmente o que lhe é dito.
A sociedade estagna a cultura, o crescimento emocional sadio e a educação toda vez que um indivíduo, interpreta uma música com letras negativas para sua vida. Toda vez que passa a realizar ações violentas, promíscuas e amorais devido a influência das letras do funk. As pessoas precisam estar atentas para o que realmente está acontecendo ao seu redor e não passar despercebido o Pandemônio que acontece no mundo.
Thaiza Murray
Onde iremos chegar?
Assunto: O Funk adultério
Mr Catra ou Wagner Domingues Costa é autor do "hit" o funk "adultério". Mr Catra é pai de 13 filhos com diferentes mulheres. Daí já dá pra se entender essa sua "brilhante" composição. Seus shows começam ao som de sua voz grave e de timbre áspero rezando um Pai Nosso a plenos pulmões. Terminada a oração ele entoa um grito de guerra com os finos dizeres: "Deus abençoe a PUTARIAAAAAAAA!!!!!!".
O mais chocante de tudo isso é ver crianças dançando ao som desse tipo de música. O caráter sexualista de suas letras interfere no desenvolvimento emocional de milhões de crianças que são bombardeadas com um nível de erotização absurdo. O afeto é erotizado e os movimentos, a vestimenta e a maneira como se comportam, tem o sentido de provocar uma relação erotizante. Apresentam, portanto, distorção em sua capacidade de sentir, pensar, integrar, conhecer e de relacionar que ainda não têm condições emocionais, biológicas e maturidade de realizar, despertando, muitas vezes, alto nível de ansiedade e depressão no futuro.
O tal funk tem uma letra virulenta e agressiva que chega a dar náuseas quando você presta atenção.
Mr Catra dá uma risada sinistra e aterrorizante e "canta": "Sabe esses dias que tu acorda de ressaca / Tua roupa tá cheia de lama / e a cachorra tá na cama".A estrofe exalta o consumo excessivo de álcool e visão humilhante da mulher ao chamá-la de cachorra.
E em outra estrofe o ouvido de penico que se transformou a audição brasileira ainda ouve: "Sua mina só reclama, tira a sua paz / Ela é chata demais / Procura a profissional meu mano / Que ela sabe o que faz / É uma coisa louca / Quica quica em cima de mim / Assim / Antes, durante e depois é... até o fim!!".
A música em todos os tempos sempre foi influenciadora dos comportamentos dos seres humanos.Depois as pessoas não sabem porque a juventude está agredindo gente no ponto de ônibus e até os senadores da república acham normal ter filhos fora do casamento. O Brasil é cada vez mais um pais sem valores morais, a liberdade nesse país é totalmente confundida com libertinagem. E os efeitos disso são devastadores e em todas as áreas.
O funk na sua estrutura musical é extremamente dançante e suas origens são nobres. Vem de James Brown um ícone da musica negra nos Estados Unidos e no Brasil da década de 70 quando surgiu um movimento cultural essencialmente negro chamado "Black Rio" que exaltava através da música o orgulho negro. A batida chamada de "pancadão" no funk foi herdada do estilo "Miami Bass" surgido na Flórida nos anos 80. Ritmo esse caracterizado por um estilo de batidas pesadas, aceleradas, com graves de freqüência muito baixa, marcados por uma certa semelhança com o surdo do samba e com versos mais curtos.
Nas mãos dos Dj´s brasileiros o funk se proliferou pelas favelas e depois por todo o país sempre caracterizado pelas letras com conteúdo erótico. Surgiram os "proibidões" exaltando a criminalidade e tornando o ritmo uma espécie de propaganda ideológica do tráfico.
O auge do funk foi quando ele se misturou ao samba e surgiu em 1997 na "paradinha" da bateria da escola de samba Viradouro. Hoje o funk é tão poderoso que faz rebolar crianças que mal deram seus primeiros passos e já dançam musicas como essa de Mr Catra.
quinta-feira, 12 de julho de 2007
Papo Cabeça: educação
Professor Edson Nascimento
Foto: Thaiza Murray
Entrevista feita pela estudante de jornalismo Thaiza Murray com o professor e pedagogo, da Faetec*, Edson Nascimento de Carvalho, sobre a educação no Brasil.
Faetec* Fundação de apoio às escolas técnicas do Estado do Rio de Janeiro
TM: Como você mudaria a educação no Brasil, reestruturando o ensino ou investindo na formação dos professores?
Edson: Começaria reestruturando o ensino pela educação base. Se nós dermos atenção a uma política de qualidade no ensino básico, evidentemente, nós teremos uma qualidade melhor de alunos e, futuramente, profissionais competentes em suas áreas. (...) Quanto à formação, o professor por ele mesmo, busca sua reciclagem. Sente necessidade de saber mais e aprofundar seus conhecimentos. Até porque ele tem que estar bem informado, por estar dentro de um mundo globalizado.
TM: Como você, professor, tem se reciclado?
Edson: Tenho me reciclado lendo sempre. Selecionando bons filmes, documentários, novos livros. Primeiro, buscando a reciclagem pessoal, pois a velocidade das informações nos obriga a buscar a reciclagem intrínseca.
TM: Qual a sua opinião sobre o ensino a distância?
Edson: Em minha opinião o ensino a distância chegou de maneira prematura e distanciando a escola dos seus reais problemas educacionais. Avançamos numa educação a distância sem solucionarmos as necessidades emergenciais do ensino de qualidade. Não concordo com o ensino a distância, pois a presença física dos dois componentes, aluno e professor, é vital na dialética de uma melhor eficácia do ensino e aprendizagem.
TM: Obrigada professor pela entrevista.
Edson: Eu é que agradeço pela oportunidade de participar do Papo Cabeça.
sábado, 16 de junho de 2007
Cão não se compra, nem se vende!
A idéia de se comprar um cão de raça, com pedigree, de um canil, pode parecer uma garantia de saúde ou de qualidades especiais, mas isso é um grave engano!
Muitas das raças de cães comercializadas no Brasil vêm apresentando crescente número de indivíduos com problemas, como transtornos de personalidade, doenças e debilidades congênitas, devido à consangüinidade.
Fazer um cão procriar é muito fácil, basta colocar um fêmea no cio junto com um macho. Por isso muitas pessoas completamente leigas têm a idéia de se dedicar à "criação" de cães, visando auferir lucro. Mas a questão é que a dedicação e o custo para se manter um cão bem tratado, alimentado, cuidado, sem parasitas ou doenças, e acima de tudo com carinho, são elevadíssimos! Apenas uma única dose mensal de remédio anti-pulgas de última geração custa de R$20,oo a R$40,oo dependendo do porte.
Por isso os canis profissionais não têm outro remédio senão o "corte de despesas", e isso quase sempre significa animais com deficiências nutricionais, muitas vezes com sarnas ou outros parasitas, e com assustadora freqüência com algum problema ligado à consangüinidade.
A verdade é que a criação de cães, como quase todas as atividades do mundo de hoje, passou a ser regida pela dita "lógica do mercado". E isso significa: criar a raça da moda (que por entrar na moda exige uma rápida multiplicação de matrizes, e por isso, inevitavelmente, consangüinidade). A "lógica do mercado" também exige redução de custos, e assim os canis precisam se transformar em "fábricas de cães": fêmeas com ninhadas constantes, poucos gastos. O cão deixa de ser um amigo amado, e passa a ser um objeto.
Ao ponderar essas duas realidades, de um lado a frieza da produção em massa de animais para venda, e de outro abandono de animais por serem mestiços ou por serem adultos, perdi qualquer desejo de ser criador. Concluí que a maravilha da natureza que é a procriação desses animais amigos, torna-se algo triste nas mãos do ser humano.
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sexta-feira, 15 de junho de 2007
CRÔNICA: Rodoviária dos pobres
Mano Lima
Quem viaja pela BR 222, no trecho que liga os estados do Piauí e Ceará, se surpreende com a qualidade do pavimento, novo, onde o trânsito flui, num quadro diferente da maioria das estradas brasileiras. Por lá, a operação tapa-buraco do Ministério dos Transportes não passou porque, felizmente, não há buracos. Mas não é isso o que mais chama a atenção dos motoristas que trafegam pela rodovia. À certa altura, o viajante lê uma placa sugestiva: rodoviária dos pobres. Os dizeres registrados em caligrafia rudimentar sugerem um pleonasmo. Afinal, a princípio, rodoviária não poderia ser o terminal de acesso dos ricos, que preferem o aeroporto ou os modernos cruzeiros transatlânticos.
A curiosidade juntou-se à sede: parei o carro para comprar água de côco e perguntei a um sujeito maltrapilho o porquê daquela placa. Ele disse que naquele ponto os que não tem dinheiro para comprar a passagem pedem carona para chegar ao outro município. Para essa massa de despossuídos o terminal rodoviário, há alguns metros dali, é algo distante. E os modernos ônibus de luxo, com ar condicionado e TV, são artigos de luxo. Sob o sol escaldante do verão nordestino, eles acenam para caminhões e carros de passeio e apostam na solidariedade dos motoristas, para chegar ao seu destino.
A mil e quinhentos quilômetros da “rodoviária dos pobres”, em Brasília, já existiu o “aeroporto dos pobres”. Quando governou o Distrito Federal, o hoje senador Cristovam Buarque determinou ao seu secretário de obras que modernizasse a antiga rodoviária da cidade, a fim de proporcionar aos passageiros um terminal bonito e organizado, com sanitários limpos e cheirosos e onde os usuários pudessem visualizar os horários de saída dos coletivos em painéis eletrônicos. A experiência durou pouco e foi apelidada de “aeroporto dos pobres”.
O abismo que separa os usuários de aeroportos e das rodoviárias onde milhares de brasileiros se engalfinham nos feriados prolongados e períodos de fim de ano, não é fruto da semântica: ele tem origem na perversa concentração de renda que separa os que consomem e usufruem o crescimento econômico brasileiro, dos que permanecem espoliados. De acordo com o estudo “Educação e distribuição de renda no Brasil”, feita em 2002 pelo professor da USP, Naércio de Aquino Menezes (disponível na internet) a pobreza brasileira é muito elevada se comparada ao seu PIB nada desprezível. Segundo o pesquisador 10% dos brasileiros mais ricos “apropriam-se de 48% de toda a renda gerada no país”. Isso é uma demonstração cabal de que o neoliberalismo agudizou o problema da concentração de renda no Brasil, como previu em 2001 o economista Thomas Piketty, do Centre Nacional de Recherches Sociales de Paris (França).
Abaixo da linha da pobreza, o caroneiro piauiense vê o progresso passar à sua frente: as carretas que escoam a safra agrícola brasileira que cresce a cada ano; os carros populares cujo consumo se multiplicou na última década, no lastro da estabilidade monetária. Do “outro lado” da pista, ele contemplam as maravilhas da 10a economia mundial e avistam nos outdoors farta propaganda oficial sobre os programas de renda mínima que espalham alimentos, subsídios e ilusões para os miseráveis do país. Resignado, ele sabe que o seu futuro parou no acostamento. E pede socorro.
O autor é jornalista e autor do livro “Deuses de Acrílico”
Rede de Pesquisa do Pantanal é avaliada de forma positiva
Comitê Científico reconhece a relevância dos resultados avaliados pela Rede
Analisar 17 projetos e buscar soluções sustentáveis para o manejo das atividades econômicas da região foram os principais pontos abordados pelos Comitês Científicos Avaliadores da Rede de Pesquisa de Pesca e Pecuária no Pantanal, entre os dias 29 de maio e 1º de junho, em Cuiabá (MT).
Recomendações citadas nos pareceres
* a divulgação dos produtos deve visar todos os potenciais usuários dos resultados das pesquisas e não somente o meio acadêmico
* deve-se promover a integração entre os projetos, de forma que os mesmos possam interagir como um programa
* recomendação de que a Rede considere a relevância de se buscar meios de internalizar as competências geradas no processo (pesquisadores e alunos) em novas iniciativas de pesquisa e formação de recursos humanos.
Os pareceres apresentados pelos Comitês Avaliadores, ao final do evento, foram satisfatórios, com algumas recomendações de integração das atividades, subsidiando políticas públicas para o desenvolvimento sustentável da região.
Elkia Carminati - estagiária da Seped
Foto ilustrativa - Thaiza Murray - Florianópolis-SC
http://agenciact.mct.gov.br/index.php/content/view/44559.html
ENCONTRO NACIONAL DE COMUNICAÇÃO
Todos os que vêm trabalhando pela pluralidade de meios e conteúdos na mídia sabem que um novo modelo de comunicação é condição para avançar na direção da plena democracia, da inclusão social e da concretização dos direitos humanos.
Se em todos os campos de atividade o Brasil vive um tempo de mudanças de paradigma, de participação democrática e implementação de políticas públicas modernas, por que no setor de comunicação deveria se conservar um modelo superado, de características oligárquicas?
Este é o momento de mudar o modelo da comunicação social brasileiro. O Congresso Nacional está debatendo novas leis para o setor. A digitalização e a convergência de mídias possibilitam novas formas de emitir e receber mensagens, além de multiplicar por quatro os canais existentes hoje. Quem será beneficiado? É hora de sociedade civil e diferentes órgãos do poder público mobilizarem-se para exigir que novos atores e novas realidades ajudem a construir uma comunicação para o Brasil de hoje e de amanhã.
Foi pensando nisso, em especial na organização da proposta de uma Conferência Nacional de Comunicação com ampla participação de todos os envolvidos, a ser negociada com o Governo Federal, decidimos realizar nos dias 21 e 22 (quinta e sexta-feira) de junho, no auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados, o Encontro Nacional de Comunicação – Na luta por Democracia e Direitos Humanos.
Esperamos por você!
Comissão de Direitos Humanos e Minorias
Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática
Câmara dos Deputados
sexta-feira, 8 de junho de 2007
LUÍS FERNANDO VERÍSSIMO NA EXPOTCHÊ
A banda de jazz já está em seu terceiro CD “Bossa do Jazz”, que elogiado pela crítica especializada reúne composições de Antônio Carlos Jobim e Ary Barroso.
Jazz 6 dedica-se a interpretações de clássicos da MPB, suas vertentes e canções internacionais. Apresentam-se na Região Sul e várias capitais do Brasil.
Em conversa com o escritor sobre o dom para a música ele disse, “sempre digo que a banda é formada por quatro músicos e um metido a música, pois conheço minhas limitações, mas enquanto não reclamam, continuo brincando de tocar jazz (risos)”, afirma. A banda foi formada por seis integrantes, mas um precisou sair. A noite foi bem agradável ao som de muita música brasileira e jazz.
A música é como um hobbie para o escritor. Mas ele tornou-se conhecido no mundo todo como autor consagrado e considerado o melhor cronista da atualidade.
Com o aumento dos blogs, sites de relacionamentos, comunidades virtuais, a internet apresenta um papel fundamental de caráter informativo, responsável pela formação intelectual, incentivo à leitura e à cultura. A leitura no Brasil não apresenta tanta popularidade quanto em outros países como os da Europa. Como escritor de muitos livros, Veríssimo tem perspectiva da leitura no Brasil, “a literatura tem futuro, seja nos livros ou no e-book, que se torna um meio alternativo de leitura”, disse.
Além das Mostras Literárias, a Expotchê conta com exposições de vinho, pão, chocolate, café, indumentária gaúcha, oficinas gastronômicas e atrações culturais. As praças temáticas foram reproduzidas cenograficamente de uma típica vila italiana do começo do século XX. A feira vai até dia 10 de junho, no Pavilhão do Parque da Cidade, Distrito Federal.
Foto: Deyverson Murray
TV PÚBLICA: DIREITO DE TODOS
Estiveram presentes o presidente da Radiobrás José Roberto Garcez, o presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal Romário Schentino e o Deputado Distrital e Promotor de Justiça Chico Leite. Como mediador do debate esteve o jornalista e professor da Facitec Mano Lima.
Esse debate foi uma iniciativa do professor Mano Lima e contou com a participação para a organização do evento, alunos da turma do 5o semestre de Publicidade e Propaganda e, os alunos Leonardo Carvalho, Mônica Monazzi e Thaiza Murray, do 6o semestre de Jornalismo.
Convidado para ser mestre de cerimônia, o apresentador do programa de rádio Tarde Nacional, Luciano Barroso abriu a mesa-redonda apresentando a coordenadora do curso de Comunicação Social Denise Mesquita e o diretor geral da instituição Bráulio Pereira Lins, que estiveram representando a faculdade. Após a palavra do diretor, os convidados foram chamados para compor a mesa. No final do debate estudantes puderam fazer perguntas para os convidados, que esclareceram todas as dúvidas.
O Deputado Chico Leite disse que a TV Pública é uma ótima idéia, era o que estava faltando na área da comunicação para a sociedade, “a televisão pública traz liberdade de imprensa, de expressão e, mais importante, traz liberdade para o cidadão se manifestar”, afirma.
José Roberto Garcez explica a diferença da Tv Estatal, em que é voltada para assuntos governamentais; TV Privada, em que os interesses publicitários são o que importa e a TV Pública, voltada para a sociedade. Esse último estilo de televisão não é realidade do povo brasileiro, o mais conhecido modelo de comunicação pública é a BBC de Londres.
Segundo Garcez, o objetivo é fazer uma junção entre a Radiobrás e o sistema público de televisão, tornando um único núcleo, em que a sociedade passa ter o controle da programação, podendo, inclusive, ter acesso à produção do conteúdo dos programas, “o cidadão passa a ser produtor e telespectador (...) A Radiobrás continuará atendendo os interesses do Governo Federal e a TV Pública vai ter a participação da sociedade”, disse.
O presidente do sindicato dos jornalistas Romário Schentino chamou atenção para a possibilidade da concentração de propriedade nas mãos de um oligopólio e que precisa ser resistido, para não desviar do real objetivo do sistema público de televisão. Schentino disse que o modelo privado é aceito facilmente, porque parece perfeito, “novelas perfeitas, telejornal com notícias quentes e a sociedade acaba não se manifestando”, disse. O povo tem o direito da liberdade de opinião e de participar das programações que assistem.
Para Garcez, a TV Pública vai abrir espaço no mercado de trabalho para os jornalistas recém-formados, “a democratização dos meios de comunicação tem haver com os estudantes na preparação para o mercado de trabalho”, afirma.
A aluna de Publicidade Dasy Carvalho gostou muito do debate, “eu acho importante esse debate por que quem não se aperfeiçoar e não correr vai ficar pra trás, não acompanhando as mudanças na comunicação do país”, disse.
A professora da instituição Adriane Lorenzon falou da importância de debater em uma faculdade um tema tão relevante como esse, “é muito bom que todos nós participemos para que possamos contribuir, afinal de contas o assunto é novo e merece ser bastante esmiuçado, para que não fiquem dúvidas”, afirma.
O debate foi finalizado às 11h e os estudantes e professores que estiveram presentes ficaram satisfeitos com as respostas dos convidados, que esclareceram as dúvidas sobre a estrutura do sistema público de televisão, que já está formada e que todos vão poder participar diretamente do conteúdo das programações. Quanto à formação do conselho diretivo que contará com a participação ativa da sociedade ainda está sendo organizado. Mas o importante é saber que uma nova cultura vai fazer parte da vida de cada cidadão, dando-lhe o direito da consciência e opinião em uma rede de televisão voltada para a sociedade brasileira.
Estudantes de Jornalismo
terça-feira, 5 de junho de 2007
MESA-REDONDA "TV Pública: dever do Estado, direito da sociedade"
terça-feira, 29 de maio de 2007
DEBATE SOBRE "TV PÚBLICA"
Entre os palestrantes convidados estão: Franklin Martins, com o sub-tema “TV Pública: dever do estado”; Ana Paula Santana, Gerente de Programas, Projetos e Atividades Audiovisuais da Secretaria do Audiovisual - Ministério da Cultura, falando sobre “TV Pública: democratização do acesso às informações”; o presidente da Radiobrás, José Roberto Garcez, que falará sobre “TV Pública: um novo paradigma de jornalismo”; o presidente do Sindicato dos Jornalistas do DF, Romário Schentino, que abordará o assunto “TV Pública: direito da sociedade” e o deputado distrital Chico Leite, sobre “TV Pública e Cidadania”.
Thaiza Murray
Assessoria de Comunicação
Estudante de Jornalismo
Jorn. Mano Lima
Sind. DrT DF 2729
Professor Facitec
Informações:
Mano Lima – mano.lima@yahoo.com.br
Thaiza Murray – thaizacm@yahoo.com.br
domingo, 22 de abril de 2007
A Importância do livro no Brasil do século 21
em frente à Academia Brasileira de Letras
Rio de Janeiro - Estátua de fundo - Machado de Assis
Foto: Thaiza Murray
O livro é o grande desafio social para educar o Brasil do século 21. O termo desafio significa, não só chamar para a luta, mas também questionar, quer dizer, por questões, estimular, provocar.
Um país que investe na importância do livro como política social prioritária é uma nação livre e soberana, dona do próprio destino. Já dizia Lobato: “Um país se faz com homens e livros”.
Homens e livros estão intimamente ligados aos conceitos de “LIBERDADE” e “SOBERANIA”. Essa intimidade desperta no leitor a consciência para ética de zelo e harmonia em relação ao patrimônio cultural, a que todos têm direito. E devem reivindicar.
O livro é o meio mais importante no processo de transformação do indivíduo. É uma estrada de via dupla, onde a relação com o leitor deve ser vivenciada como uma prática dialogante. Esse diálogo instigante e provocador da reflexão nos envolvem dialeticamente ao mundo da leitura. É um convite de palavras e imagens que nos fazem viajar. Ao ler o livro evoluímos e desenvolvemos a nossa a capacidade crítica de olharmos o mundo por uma outra óptica.
O livro documenta, registra, resgata e preserva a memória histórica da vida de uma sociedade. E o essencial é que nesta historicidade concreta ele é um dos sujeitos coletivos de marcante presença na gênese da sociedade. Através dele, nos imortalizamos como personagens de um novo tempo para reconstrução de uma nova sociedade mais justa e solidária.
A importância da valorização social do livro dinamiza e vincula linguagem e realidade como ação transformadora, revolucionária e sonhadora.
O notável caráter do livro na vida cultural brasileira do século 21 é revigorar, informar, esclarecer, mudar e renovar as condutas comportamentais do seu povo. É fazer com que o outro se reconheça na voz do seu próprio texto, o leitor da sua própria vida e leitor do mundo.
O livro não é egocêntrico. O livro coopera, reparte. Divide saberes. É um registro de linguagens e idéias em transformação permanente. É um ato libertário que conduz o homem holístico e globalizado a expressar-se com dignidade e respeito.
Refletir sobre o papel do livro na pós-modernidade implica em reconhecer que o exercício da leitura é, efetivamente, uma prática a ser instaurada na sociedade brasileira. E se esta reflexão é urgente para todos os brasileiros, ela é hoje imprescindível para aqueles que desempenham funções educativas dentro ou fora dos muros da escola. É refletindo a dimensão humanizadora do livro nas escolas, é que compreenderemos o conceito de cidadania e conhecimento para os novos caminhos da educação. Só dessa maneira poderemos pensar na construção de um cidadão mais crítico e questionador.
Entretanto, se a cultura brasileira quiser alcançar um sentido vivo na memória nacional, deverá voltar-se para o exercício prático da leitura plenamente consolidada na valorização do livro. Isto só será possível, mediante a política cultural do livro como instrumento de luta e libertação do povo desta terra, chamada Brasil.
Edson Nascimento de Carvalho
sexta-feira, 20 de abril de 2007
Incentivo à cultura
No dia 12, quinta-feira, o cantor Guilherme Arantes deu um show com seus sucessos como “Planeta Água”, “Amanhã”, “Cheia de Charme”, “Meu Mundo e Nada Mais” e entre outras, no Sesi de Taguatinga Norte.
Estiveram presentes mais de 300 pessoas, que chegaram cedo para conseguir ingresso, que foi distribuído gratuitamente. A iniciativa é do Sesi-DF, em parceria com a Rede Globo. Este primeiro semestre de 2007 inicia a 4a edição do Sesi Cultural, no Centro Cultural de Taguatinga. O objetivo é valorizar a cultura em Brasília. Sempre com entrada gratuita, o projeto contará com apresentações teatrais, show musical, sessões de cinema e exposições. Guilherme Arantes fala sobre a iniciativa do SESI de oferecer cultura de graça para o público: “É legal porque aproxima as pessoas da cultura. É um projeto democrático e espero que venham outros nomes bacanas. É um espaço precioso que se abre para gente”, diz.
O cantor Guilherme Arantes abriu as Quintas Musicais, um espaço reservado aos grandes nomes da música, com o show “Aprendiz”. Cantou seus principais sucessos, relembrando as músicas do início de sua carreira. Público de todas as idades estive presente prestigiando o cantor.
Após cantar “Planeta Água”, o artista falou sobre seu projeto, o Instituto Planeta Água de Pesquisas Ambientais e Educacionais, em Camaçari, às margens do Rio Jacuípeque, na Bahia, que surgiu com o objetivo de desenvolver habilidades artísticas, científicas e principalmente a cidadania. Os jovens têm acesso às atividades semanais, teóricas e práticas, nas hortas, nos manguezais, rios e praias, com visitas terrestres e de barco, pela região, catalogando e coletando espécies diversas da flora e fauna. Arantes fala da importância da preservação dos rios e mares: “O Brasil tem o privilégio de ser um país rico de biodiversidade, recursos hídricos. Nosso papel geopolítico é cuidar e preservar os recursos naturais do nosso país”, afirma.
Guilherme Arantes cantou uma nova canção “A Mata de Onde Eu Vim”, que fala sobre o replantio do interior do homem, com o objetivo de gerar e transformar vidas.
O cantor com seu mais novo trabalho “Lótus”, com pitadas de pop e bossa nova, dedicou uma das músicas do show à Elis Regina, que influenciou no estilo musical de Guilherme, assim como, Ray Charles, Chico Buarque e entre outros.
Rogério Magalhães, um dos fãs do artista, disse emocionado: “Adorei a apresentação, as músicas de Guilherme Arantes já embalaram grandes momentos na minha vida”.
No final, quando todos pensaram que o show já havia acabado, Guilherme Arantes volta ao palco e fecha com “chave de ouro” com a música "Lindo Balão Azul", que levantou toda a platéia.
Parabéns para o SESI e Rede Globo, que incentivam a cultura!!!
Thaiza Murray e Mônica Monazzi
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