"NÃO VOS INQUIETEIS, POIS, PELO DIA AMANHÃ, PORQUE O DIA DE AMANHÃ CUIDARÁ DE SI MESMO. (...)" - MATEUS 6:34



domingo, 22 de abril de 2007

A Importância do livro no Brasil do século 21

Professor de Língua Portuguesa Edson Nascimento de Carvalho
em frente à Academia Brasileira de Letras
Rio de Janeiro - Estátua de fundo - Machado de Assis

Foto: Thaiza Murray



O livro é o grande desafio social para educar o Brasil do século 21. O termo desafio significa, não só chamar para a luta, mas também questionar, quer dizer, por questões, estimular, provocar.
Um país que investe na importância do livro como política social prioritária é uma nação livre e soberana, dona do próprio destino. Já dizia Lobato: “Um país se faz com homens e livros”.

Homens e livros estão intimamente ligados aos conceitos de “LIBERDADE” e “SOBERANIA”. Essa intimidade desperta no leitor a consciência para ética de zelo e harmonia em relação ao patrimônio cultural, a que todos têm direito. E devem reivindicar.

O livro é o meio mais importante no processo de transformação do indivíduo. É uma estrada de via dupla, onde a relação com o leitor deve ser vivenciada como uma prática dialogante. Esse diálogo instigante e provocador da reflexão nos envolvem dialeticamente ao mundo da leitura. É um convite de palavras e imagens que nos fazem viajar. Ao ler o livro evoluímos e desenvolvemos a nossa a capacidade crítica de olharmos o mundo por uma outra óptica.

O livro documenta, registra, resgata e preserva a memória histórica da vida de uma sociedade. E o essencial é que nesta historicidade concreta ele é um dos sujeitos coletivos de marcante presença na gênese da sociedade. Através dele, nos imortalizamos como personagens de um novo tempo para reconstrução de uma nova sociedade mais justa e solidária.

A importância da valorização social do livro dinamiza e vincula linguagem e realidade como ação transformadora, revolucionária e sonhadora.

O notável caráter do livro na vida cultural brasileira do século 21 é revigorar, informar, esclarecer, mudar e renovar as condutas comportamentais do seu povo. É fazer com que o outro se reconheça na voz do seu próprio texto, o leitor da sua própria vida e leitor do mundo.

O livro não é egocêntrico. O livro coopera, reparte. Divide saberes. É um registro de linguagens e idéias em transformação permanente. É um ato libertário que conduz o homem holístico e globalizado a expressar-se com dignidade e respeito.

Refletir sobre o papel do livro na pós-modernidade implica em reconhecer que o exercício da leitura é, efetivamente, uma prática a ser instaurada na sociedade brasileira. E se esta reflexão é urgente para todos os brasileiros, ela é hoje imprescindível para aqueles que desempenham funções educativas dentro ou fora dos muros da escola. É refletindo a dimensão humanizadora do livro nas escolas, é que compreenderemos o conceito de cidadania e conhecimento para os novos caminhos da educação. Só dessa maneira poderemos pensar na construção de um cidadão mais crítico e questionador.

Entretanto, se a cultura brasileira quiser alcançar um sentido vivo na memória nacional, deverá voltar-se para o exercício prático da leitura plenamente consolidada na valorização do livro. Isto só será possível, mediante a política cultural do livro como instrumento de luta e libertação do povo desta terra, chamada Brasil.

Edson Nascimento de Carvalho

Um comentário:

Unknown disse...

Parabéns, você merece essa reportagem no blog, pois você incentiva as pessoas a importância da leitura, não é só no papel, mas na vida pratica também, sou testemunha. Um grande beijo, Solange

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