por Thaiza Murray
Nasci e cresci em Vila da Penha, Zona Norte do Rio de Janeiro, bairro de classe média e média-alta, local tranquilo, família, de muitas festividades e amigos. Hoje, não tão tranquilo como antigamente, mas continua sendo melhor do que muitos bairros do subúrbio carioca.
Depois que saí da minha terra natal para morar em Brasília, cidade na qual estou há oito anos, percebi como tem cocô nas calçadas em Vila da Penha. Caramba!!! Acho até que tem mais cocô nas calçadas do que habitantes naquele lugar. É um bairro com muito cachorro. No geral, o Rio de Janeiro tem muitos cães. O problema é que os donos desses pobres coitados, peludos e de quatro patas são porcos. Bem, a maioria. O carioca, em si, bom, uma parte é bem porco! Perdoem-me os cariocas, pois eu também sou carioca, mas não sou porca. Sempre que passeava com meu cachorro, eu saía com um saquinho plástico na mão para catar o seu cocô. Vira-lata não faz cocô em qualquer lugar, muito menos no meio da calçada. Sem dúvidas, as bostas são dos cães com donos.
Meu amigo leitor, você deve estar se perguntando, como eu, jornalista, escritora, com tantas coisas mais importantes para me preocupar, vou escrever justamente sobre cocô, fezes, dejeto, bosta, merda, como queira chamar, tudo fede do mesmo jeito! É que na última vez que estive no Rio, julho deste ano, fiquei indignada com tanta merda na calçada. Tanto que parecia que eu andava na rua procurando alguma coisa. Na verdade, olhava para o chão, cuidando para não pisar no cocô. Seria sorte abundante em meu caminho? Pois dizem por aí que quando se pisa na merda é sinal de dinheiro. Bom, se fosse verdade, eu continuaria a escrever essa matéria, pois ninguém merece limpar sapato sujo de merda. Acho que todo mundo um dia já limpou ou um dia vai limpar, não se preocupe, tudo tem sua primeira vez.
Em uma ocasião, no Rio, de férias, passeando com meu cachorro, fui abordada por uma senhora ao abaixar e catar o cocô dele. Ela me elogiou dizendo que poucas, ou melhor, raríssimas eram as pessoas que catavam as fezes de seus animais. Ela era franzina, negra, muito simpática e parecia bem sincera no falar e no agir, ainda mais depois do que ela me contou. A senhora disse que uma vez ela varria sua calçada, quando uma mulher passou com seu cachorrinho de estimação, e ele abaixou e fez cocô. A senhora, muito chateada com a cena, foi tirar satisfações com a mulher dizendo para ela catar o cocô do seu cachorro. A mulher, folgada, disse que não pegaria, virou as costas e foi embora. A senhora ficou com muita raiva! No dia seguinte, a senhora estava varrendo a calçada e a mulher apareceu de novo com seu cachorrinho. Ela mal sabia o que a esperava. Aconteceu da mesma forma. O lindo animalzinho fez cocô bem na calçada que estava sendo varrida, dessa vez a senhora não disse nada. Quando a mulher virou as costas e saiu com seu cãozinho, a senhora abaixou com uma pá de lixo, pegou o cocô e lançou nas costas da mulher. Eta! Aquela merda nas costas, quentinha... sem comentários... Segundo a senhora, a mulher nunca mais passou ali. Com certeza, deve ter ido sujar outra rua.
(novembro de 2008) A cidade de Porto Alegre já conta com 50 pontos de distribuição de sacos plásticos para o recolhimento de dejetos animais. O projeto, lançado há cerca de dois meses, tem suportes instalados em parques e praças do município. De acordo com a prefeitura, a iniciativa é do Departamento Municipal de Limpeza Urbana. Os suportes são fixos ao solo, com sacos de plástico reciclado. O serviço ainda, segundo a prefeitura, não tem custos para o poder público. A empresa que ganhou a licitação troca as despesas de instalação pela exploração publicitária ao redor das estruturas instaladas. A prefeitura prevê a instalação de mais 500 pontos em cinco anos.
Nasci e cresci em Vila da Penha, Zona Norte do Rio de Janeiro, bairro de classe média e média-alta, local tranquilo, família, de muitas festividades e amigos. Hoje, não tão tranquilo como antigamente, mas continua sendo melhor do que muitos bairros do subúrbio carioca.
Depois que saí da minha terra natal para morar em Brasília, cidade na qual estou há oito anos, percebi como tem cocô nas calçadas em Vila da Penha. Caramba!!! Acho até que tem mais cocô nas calçadas do que habitantes naquele lugar. É um bairro com muito cachorro. No geral, o Rio de Janeiro tem muitos cães. O problema é que os donos desses pobres coitados, peludos e de quatro patas são porcos. Bem, a maioria. O carioca, em si, bom, uma parte é bem porco! Perdoem-me os cariocas, pois eu também sou carioca, mas não sou porca. Sempre que passeava com meu cachorro, eu saía com um saquinho plástico na mão para catar o seu cocô. Vira-lata não faz cocô em qualquer lugar, muito menos no meio da calçada. Sem dúvidas, as bostas são dos cães com donos.
Meu amigo leitor, você deve estar se perguntando, como eu, jornalista, escritora, com tantas coisas mais importantes para me preocupar, vou escrever justamente sobre cocô, fezes, dejeto, bosta, merda, como queira chamar, tudo fede do mesmo jeito! É que na última vez que estive no Rio, julho deste ano, fiquei indignada com tanta merda na calçada. Tanto que parecia que eu andava na rua procurando alguma coisa. Na verdade, olhava para o chão, cuidando para não pisar no cocô. Seria sorte abundante em meu caminho? Pois dizem por aí que quando se pisa na merda é sinal de dinheiro. Bom, se fosse verdade, eu continuaria a escrever essa matéria, pois ninguém merece limpar sapato sujo de merda. Acho que todo mundo um dia já limpou ou um dia vai limpar, não se preocupe, tudo tem sua primeira vez.
Em uma ocasião, no Rio, de férias, passeando com meu cachorro, fui abordada por uma senhora ao abaixar e catar o cocô dele. Ela me elogiou dizendo que poucas, ou melhor, raríssimas eram as pessoas que catavam as fezes de seus animais. Ela era franzina, negra, muito simpática e parecia bem sincera no falar e no agir, ainda mais depois do que ela me contou. A senhora disse que uma vez ela varria sua calçada, quando uma mulher passou com seu cachorrinho de estimação, e ele abaixou e fez cocô. A senhora, muito chateada com a cena, foi tirar satisfações com a mulher dizendo para ela catar o cocô do seu cachorro. A mulher, folgada, disse que não pegaria, virou as costas e foi embora. A senhora ficou com muita raiva! No dia seguinte, a senhora estava varrendo a calçada e a mulher apareceu de novo com seu cachorrinho. Ela mal sabia o que a esperava. Aconteceu da mesma forma. O lindo animalzinho fez cocô bem na calçada que estava sendo varrida, dessa vez a senhora não disse nada. Quando a mulher virou as costas e saiu com seu cãozinho, a senhora abaixou com uma pá de lixo, pegou o cocô e lançou nas costas da mulher. Eta! Aquela merda nas costas, quentinha... sem comentários... Segundo a senhora, a mulher nunca mais passou ali. Com certeza, deve ter ido sujar outra rua.
(novembro de 2008) A cidade de Porto Alegre já conta com 50 pontos de distribuição de sacos plásticos para o recolhimento de dejetos animais. O projeto, lançado há cerca de dois meses, tem suportes instalados em parques e praças do município. De acordo com a prefeitura, a iniciativa é do Departamento Municipal de Limpeza Urbana. Os suportes são fixos ao solo, com sacos de plástico reciclado. O serviço ainda, segundo a prefeitura, não tem custos para o poder público. A empresa que ganhou a licitação troca as despesas de instalação pela exploração publicitária ao redor das estruturas instaladas. A prefeitura prevê a instalação de mais 500 pontos em cinco anos.
Veja a matéria completa:
http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL871301-5598,00-PORTO+ALEGRE+DISTRIBUI+SACOS+DE+LIXO+PARA+DONO+DE+CACHORRO+RECOLHER+COCO.html
http://www.portaleducacao.com.br/veterinaria/principal/noticia_view.asp?id=29822
Bem interessante essa ideia que poderia ser aderida por todos os estados do Brasil.
Ainda continuo acreditando que se cada um fizer a sua parte, as calçadas podem se tornar um lugar mais limpo para caminhar tranquilo. Já ouvi dizer que a rua é a extensão da nossa casa. Se a pessoa suja a rua, como deve ser a casa dela? Então, por favor, um pedido: leve sacolinhas para catar o cocô de seus cãezinhos e pense que o próximo sapato sujo de merda pode ser o seu!
4 comentários:
Excelente essa matéria, será que a população de Vila da Penha vão tomar vergonha na cara depois desta denuncia?
Parabéns.
OLÁ, QUERIDA FILHA!
EXCELENTE A TUA MATÉRIA.
PARABÉNS! ADOREI.
DEI BOAS RISADAS.
SEU TOQUE DE HUMOR MESCLADO À SERIEDADE DO ASSUNTO TRANSFORMOU A SUA MATÉRIA EM UMA DIVERTIDA CRÕNICA.
PARABÉNS! BJOS!
Obrigada pelos comentários e pelo carinho. Abraços.
Gostei das matérias Thaiza! rs.. mas olha nem todos os cariocas são porcos não... a maioria dos cariocas são cachorros e não porcos..rsrsrsrsrsrs
abraço.
bjs
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