Desde criança crescemos ouvindo, seja em casa, na televisão, na rua, na padaria ou na escola, pré-conceitos e esteriótipos de pessoas que nascem em determinadas regiões do Brasil ou do mundo. Cada povo de um país apresenta costumes, hábitos e tradições. O mais interessante é como dentro de um próprio país há diferenças grandes de culturas e costumes. Claro, um país tão grande como o nosso já era de se esperar, pois cada região sofreu influências marcantes de diferentes povos e interesses.
De fato viajar pelo Brasil é conhecer e entender como esses pré-conceitos são criados. Há o povo denominado o trabalhador, o preguiçoso, o oportunista, o esperto, o desconfiado, o territorialista, o egoísta, o hospitaleiro, o gentil, o educado e por aí vai. Mas tendo uma visão mais fria e analisando melhor, uma parte tem razão. Claro, não gosto de generalizar, pois nem todos possuem o mesmo comportamento. Mas convivendo com um determinado povo por um tempo, tenho percebido o quanto esses esteriótipos criados que fazem parte de culturas específicas de cada região tem seu fundo de verdade, em grande maioria.
Agora vou descrever um povo em específico. Observando e conhecendo um pouco da história de lutas, ideologias e conquistas desse povo, fica mais claro entender o porquê de ser territorialista, egoísta, dominador, possessivo, muitas das vezes mal educado por achar que faz parte de uma raça superior. O orgulhoso de pertencer a esse estado é tão grande que as pessoas se sentem separadas do restante do país e fazem questão de mostrar que possuem tradição e tudo do melhor.
Conheço quase todo o Brasil e poderia escrever sobre esteriótipos de diversas regiões com conhecimento de observação e convivência.
Em janeiro de 2019, passei quase um mês em um camping e percebi o quanto eles idolatram o próprio estado. Em vez da bandeira do Brasil na frente da barraca estava a bandeira do estado. O mais estranho é que praticamente não se vê brasileiro colocando bandeira do Brasil em suas residências como o povo norte-americano, mas as pessoas dessa região, fazem questão de dizer que são de lá.
Na praia é nítido perceber como delimitam um grande espaço. Só falta fazer varanda e um quintal. Ai de você mero brasileiro coloca sua barraca no local que eles têm costume. Pasme! Mas eles chegam e colocam a barraca e as coisas deles praticamente em cima de você. Essa situação aconteceu comigo duas vezes. Então para evitar aborrecimentos, dávamos uma olhada antes de nos acomodarmos. É desagradável essa situação. De fato são espaçosos! Mas são família, bons negociantes e atendentes educados. O ambiente na praia é tranquilo e seguro. Posso tranquilamente deixar minhas coisas na praia e ao voltar, está tudo no lugar.
Não é nenhum preconceito da minha parte. Conheço muitas pessoas de lá, algumas bacanas e agradáveis de conversar e de estar, por isso não gosto de generalizar.
Em um mundo tão caótico e egocêntrico em que vivemos, esse tipo de comportamento superior não agrega. Procuro viver na paz, na igualdade, na compaixão com o próximo, com respeito e no mínimo, educação. Todos têm os mesmos direitos!
Uma ótima semana! Vamos começar o ano respeitando uns aos outros e olhando mais pelos outros.
19/01/2020
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