Saiba que uma criança agitada, necessariamente, não é uma criança hiperativa. Há uma grande diferença entre ser agitada e ser hiperativa. Normalmente, as crianças abaixo dos cinco anos de idade são agitadas. Segue abaixo alguns conceitos de especialistas. É importante conhecer bem, pois o distúrbio da hiperatividade é sério e precisa ser tratado por um neuropediatra. Fique atento, pois a principal característica de uma criança hiperativa, é o déficit de atenção.
Segundo a pedagoga Michelle Maneira, uma criança hiperativa não é uma criança agitada e, sim com dificuldade de concentração, que leva a agitação e também ao comportamento disperso. "Esse transtorno de comportamento chama-se TDHA, e se existe suspeita, a criança deve consultar um neurologista infantil e ser medicada. Ela precisará também de apoio psicopedagógico na aprendizagem, pois a dificuldade de concentração e facilidade de dispersão atrapalharão o seu progresso, além de acabar por rotular esse aluno como “hiperativo”, “furacão” ou quaisquer outra denominação que em nada ajudará a criança a reverter a situação".
Segundo matéria publicada na Veja, em Especiais Bebês - "Hoje, virou moda falar em hiperativo. Difundiu-se erroneamente a idéia de que agitação e hiperatividade são sinônimos, o que está errado. Hiperatividade é uma disfunção que perturba a vida familiar, faz esgarçar o relacionamento pessoal e cair o rendimento escolar. Há até estudos relacionando sua ocorrência com problemas de delinqüência na adolescência. A confusão é frequente porque crianças menores de 5 anos são quase sempre muito agitadas. Outra dificuldade ocorre quando os pais se queixam de filhos desatentos e, na verdade, têm crianças desmotivadas, por exemplo, pelo excesso de atividades extracurriculares. Há também os que chamam o filho de hiperativo pela correria dentro de casa e, no consultório, descobre-se que a criança tem pouco espaço para brincar ou convive com pais sem muito pique. A hiperatividade, até onde se sabe, é uma disfunção cerebral hereditária, que surge nos primeiros anos de vida, mais em meninos, e tende a sumir na puberdade." - http://veja.abril.com.br/especiais/bebes/p_076.html
Conceitos de Hiperatividade:
O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) é responsável pela enorme frustração que pais e seus filhos portadores desse distúrbio experimentam a cada dia. Crianças, adolescentes e adultos hoje diagnosticados com TDAH são frequentemente rotulados de "problemáticos", "desmotivados", "avoados", "malcriados", "indisciplinados", "irresponsáveis" ou, até mesmo, "pouco inteligentes". A maioria daquilo que lemos ou ouvimos sobre o assunto tem uma conotação negativa. A razão disso é o fato deste transtorno continuar sendo pouco conhecido, apesar dos estudos a respeito terem se intensificado nas últimas décadas e a prática ter mostrado que 3% a 5% das crianças em idade escolar podem ser incluídas nesse diagnóstico.*
A hiperatividade, denominada na medicina de desordem do déficit de atenção, pode afetar crianças, adolescentes e até mesmo alguns adultos. Os sintomas variam de brandos a graves e podem incluir problemas de linguagem, memória e habilidades motoras. Embora a criança hiperativa tenha muitas vezes uma inteligência normal ou acima da média, o estado é caracterizado por problemas de aprendizado e comportamento. Os professores e pais da criança hiperativa devem saber lidar com a falta de atenção, impulsividade, instabilidade emocional e hiperativa incontrolável da criança.
A hiperatividade quando detectada por um profissional neuropediatra é preciso ser tratada de forma correta para avitar adultos problemáticos. E quanto mais precoce o tratamento, melhor.
Características de um adulto com hiperatividade: desorganizado; esquecido; chega quase sempre atrasado; diz o que vêm à mente sem preocupação se o lugar é apropriado; explode com facilidade; sente-se inseguro; é inquieto estando sempre mexendo pernas, dedos, joelhos; é impaciente, em filas de banco está sempre reclamando ou acaba desistindo; não fica sentado muito tempo saindo de onde estiver com frequência; baixa auto-estima; tem muitos projetos ao mesmo tempo e acaba não terminando nenhum; atrapalha-se com horários por causa da desorganização; sente-se inferior aos outros; possui dificuldade de concentração; esquece-se o que estava falando; tem sempre a sensação que não vai conseguir alcançar seus objetivos.
Consulte também:
“As chances de uma criança sofrer de hiperatividade e Déficit de Atenção aumenta se a mãe fumar na gravidez. Médicos da Universidade de Harvard notaram que 22% dos pacientes estudados eram filhos de fumantes”
(VEJA, 1996, p. 18)
Complicações perinatais, ingestão de álcool e utilização de drogas durante a gravidez, infecção do Sistema Nervoso Central na primeira infância, efeitos colaterais de certas medicações, predispõem a Déficits de Atenção. Causas ambientais, tais como, desvantagem social, famílias numerosas e superlotação também já foram apontadas.
4 comentários:
Olá,Thaiza!
Embora tardiamente, receba os votos de carinho e apreço pela passagem do dia Internacional da Mulher. Aliás, para todas as mulheres do mundo!Felicidades...
Estou plenamente convicto do que foi colocado no texto: Hiperatividade X Agitação. Um dos meus filhos, Lucas, era assim; agitado,energia pura!Só ficava quieto quando dormia.Nunca faltaram de nossa parte:amor, carinho,atenção, respeito, compreensão e dedicação. Hoje, aos 20 anos é um rapaz que faz a diferença: amigo, sensato, meigo, responsável e solidário. Todos querem ficar ao seu lado. Inclusive nós - pai e mãe -
bjs.Beto Moura
Olá, Thaiza!
Interessante a matéria: Hiperatividade X Agitação. Gostei!
Lucas, o meu filhote mais novo era assim; pura agitação e peraltice. Nossa!Não sei como superamos tanto desgaste; até porque, o Raphael, o mais velho, não tinha esse gás todo. Hoje ele é calmo, assíduo, companheiro, responsável e amigo dentre outras características. Estou sem computador, inclusive lap top.
Paz e harmonia
Beto Moura
O livro infantil JOÃO AGITADÃO de Lia de Paula Moraes, editora Caravansarai e ilustração de Ney Megale ajuda a elevar aautoestima das crianças com TDAH.
Obrigada Lia pela dica. Vou procurar o livro. Thaiza.
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