“A língua tem poder para trazer
morte ou vida” (Provérbios 18:21)
Dando continuidade aos
comentários do livro “As 5 linguagens do amor – das crianças”, de Gary Chapman
e Ross Campbell, essa semana irei falar sobre a próxima linguagem – Palavra de
Afirmação. Parece meio óbvio como uma palavra de incentivo pode ter tanto significado
para uma pessoa. A palavra tem poder de mudar seja para o bem ou para o mal. Se
você não souber usar a palavra, certamente poderá marcar uma pessoa pelo resto
da vida.
Às vezes falamos coisas que não
queríamos, por estarmos com raiva ou chateados com alguma situação, mas o
problema que essas palavras vão ser lembradas pelo resto da vida. Então, vamos
procurar, tentar mesmo, não proferir palavras ruins para as pessoas; ainda mais
para aquelas que possuem a ‘Palavra de Afirmação’ como sua principal linguagem
do amor.
“As crianças pensam que
acreditamos em tudo que dizemos” – e isso é pura verdade. As crianças confiam
muito no que pronunciamos e dizemos a elas, pois somos mais velhos. Muitas crianças
possuem como sua principal linguagem as palavras de afirmação, podendo sentir a
maior sensação de amor em expressões de afirmação, como o clássico: eu te amo! Com
isso, são capazes se sentirem nutridas pelo senso de valor e sentirem total
segurança.
As palavras ‘eu te amo’ são aos
poucos percebidas pelas crianças e cada uma vai desenvolvendo o sentido do
amor, outras, vão se sentir sempre amadas com as palavras ditas. Junto com
essas palavras de afeto estão as palavras que emitem elogio. No entanto, afeto
e elogio expressam significados diferentes. Veja:
“Afeto e amor significam
expressar apreço pelo que a criança é, por aquelas características e
habilidades que fazem parte do conjunto que a identificam. Em contraste,
expressamos elogio pelo que a criança faz em suas conquistas, comportamentos e
atitudes conscientes. O elogio, como estamos definindo aqui, refere-se àquilo sobre
o qual a criança tem algum controle”.
Mas cuidado ao usar os elogios,
use-os com cautela para que tenha sempre um efeito positivo, com isso, é
importante não usá-los com frequência ou de maneira aleatória. Nossos filhos
devem ser elogiados, mas devemos ter certeza de que o elogio seja verdadeiro e
justificado, pois caso contrário, elas podem não acreditar. Mas sempre tenham
afeto pelos seus filhos. Beije-os e abrace-os sempre seguidos de palavras
afetuosas. Com isso, você estará transmitindo não só o amor, mas segurança!
Outra questão são as palavras de
encorajamento, que sempre incentivam nossos filhos a ter coragem em algum
momento. Mas atentem: as palavras podem tanto encorajar como desencorajar.
Cuidado mais uma vez com as palavras de vão proferir!
Não só digam como façam também!
As crianças observam muito nossas atitudes! Ouvir seus filhos também é muito
importante e a arte de ouvir não é para qualquer um, mas saiba que é o maior
presente que você pode dar a alguém.
Evitem falar com seus filhos
quando estiverem com raiva, pois você pode falar algo que não queiram. Uma
outra coisa é o volume e o tom que usamos para falar com nossos filhos, principalmente,
quando estamos iramos. “A resposta gentil desvia o furor, mas a palavra ríspida
desperta a ira” – (Provérbios 15:1).
Nossos filhos precisam de
orientação, devemos ensiná-los o caminho a seguir, mostrar o que pode e o que
não pode. E as proibições devem ser faladas com um tom de orientação e
mostrando a seu filho o porquê de não poder ou não ser adequado. “As palavras
de orientação precisam ser transmitidas de modo positivo. Uma mensagem positiva
transmitida de maneira negativa sempre apresenta resultados negativos”.
Parece que quando falamos com
nosso filho que ele não pode fazer determinada coisa, aí que ele faz. Por
exemplo: “Não pule na cama porque você vai cair”, dá no mesmo. A maioria das
crianças continua pulando. Às vezes sinto como se falasse com uma parede. Estou
treinando um método diferente para lidar com situações similares a essa. Confesso
que é uma questão de treino para adquirirmos o costume de lidar assim, mas
tenho tentado mudar, porque senão fico doida! (risos). Em vez de falar para não
fazer, eu procuro tirar meu filho daquela determinada situação para outra mais
interessante para ele. Por exemplo: em vez de dizer: “Não pule na cama porque você
vai cair e pode se machucar”, eu digo: “Filho, vamos brincar de totó?”. Na hora
ele para de pular e vem comigo.
E aí, vamos tentar modificar
nossas atitudes? Passamos muito tempo tentando mudar nossos filhos, mas a
mudança precisa partir de nós mesmos. Não é uma questão fácil, mas de treino. É
treinando que o hábito vem. Eu agia de forma muito errada com meu filho mais
velho, eu gritava muito, dava umas palpadas nele, falava palavras de negação e
ficava muito brava com ele. Quando o segundo nasceu, pensei que eu deveria agir
diferente. Eu senti que teria uma segunda chance de mudar. No entanto, sinto
que ainda tenho muito para aprender com meus filhos. Não quero esperar um
terceiro filho para agir da forma correta, mas quero mudar hoje!
E se a principal linguagem do
amor do seu filho for palavras de afirmação, será importante para que ele se sinta
amado ouvir verbalmente isso.
“A comunicação positiva é muito
importante para todo relacionamento bem-sucedido entre pai e filho; portanto,
vale a pena esforçar-se para romper com antigos padrões e criar novos modelos.
O benefício para seu filho será enorme, e a satisfação que você experimentará
será muito gratificante”.
Expresse em palavras faladas ou
escritas. Já pensou em deixar na lancheira do seu filho algumas palavras de
encorajamento ou afeto? Se seu filho já tem um celular, envie uma mensagem para
ele. E se já não vive mais na mesma casa, dê uma ligação, mande uma mensagem, envie
um e-mail. E saiba, que mesmo que seu filho cometa um erro tentando ser útil,
não o repreenda, mas use primeiro, palavras que demonstrem que você sabia das
boas intenções dele.
Acompanhe na próxima semana a
linguagem do amor das crianças – Tempo de Qualidade!
Deixe um comentário ou escreva
para nós – blognovoolhar@gmail.com
Um Abraço!
Nenhum comentário:
Postar um comentário