No Brasil, a presidente Dilma, diz que regulação da mídia não é censura. Pelo menos, não por enquanto. No momento, o assunto está sendo discutido e a princípio chega ao intuito de regulamentar uma exigência constitucional a fim de definir regras concretas para o funcionamento dos veículos de comunicação, como algo necessário para democratizar o grande poder concentrado nos meios de comunicação de massa, garantindo assim, a diversidade, pluralidade e o exercício da liberdade de expressão da população brasileira, que só recebe tudo pronto da mídia e não consegue ter opinião própria.
A mídia comercial está
bem preocupada afirmando que essa regulação seja um plano de esquerda para
controlar a imprensa e impedir críticas ao governo e divulgação de informações
relevantes ao público. Claro que a presidente não criaria algo sem um interesse
maior. Mas penso que desinformar a sociedade é o que uma boa parte da mídia
faz. A imprensa fala aquilo que muitas das vezes não é verdade, distorcendo a
informação verídica. É complicado falar se concordo ou não com a regulação.
Deveria ser realizada uma regulação justa, principalmente, no que diz respeito
às programações infantis, bem como os comerciais indevidos em horários que não
deveriam passar.
No Brasil, com tantos escândalos e
corrupções vindos à tona e circulando informações livremente na imprensa, é
perigosa a regulação, pois por trás disso, por vir junto o controle da liberdade
de imprensa e a censura. Ao mesmo tempo em que a mídia divulga informações, que
seriam antes, sigilosas para o governo, não se trata de que a mídia é boazinha
e quer que você saiba a verdade. Não é bem assim, porque se a mídia fosse rabo
preso com o governo, jamais falaria das corrupções e escândalos
escancaradamente. Não vamos esquecer, que a exemplo disso, temos a Rede Globo
de TV, a mesma elegeu o Collor e o tirou do poder. Nada é feito se não há algum interesse.
É verdade que calar a boca de jornalista
é muito pior né?! Mas a triste situação do jornalista é que ele não pode expressar
a própria opinião. Ele é mandando a dizer aquilo que a empresa de comunicação,
na qual ele trabalha, quer que ele diga. Nós, jornalistas, somos censurados em
nossa própria função. Somos censurados pelos editores, somos censurados pelos
donos dos meios de comunicação. Ah, sim, claro, a dois lados, que você pode
escolher: governo ou oposição? Para qual veículo você quer escrever? É assim.
Falar bem do governo ou mal? Infelizmente, se você diz o que pensa, não tem
emprego. Isso é censura! Na verdade, tem censura em todo canto. Não posso falar
sobre determinado assunto, pois é preconceito. Não posso emitir opinião sobre
um tema específico, pois é preconceito. Puxa vida! Onde está a liberdade de
expressão? Onde está a liberdade? Hoje tudo é preconceito! Somos já regulados
pelo governo, somos regulados pelos meios de comunicação de massa!
O grande irmão está aí! Regulando
a vida das pessoas. No último romance de George Orwell, 1984, o herói, Winston,
vive aprisionado na engrenagem totalitária de uma sociedade completamente
dominada pelo Estado. Vivemos assim, presos nas informações que são socadas em nossas
bocas e em nossos lares. Não podemos rebater e nem muito menos comentar. Somos
regulados pelo governo e pensamos como a mídia quer que pensemos.
No entanto, a regulação da mídia
em outros países, como os Estados Unidos, embora o foco seja a regulação
econômica, há também um controle das programações. Por exemplo, uma das regras determina
que canais de TV dediquem pelo menos três horas semanais a programas infantis
educativos; outra coisa, quando há a percepção de descumprimento de regras,
como a que proíbe a exibição de cenas "indecentes" na TV. Outra regra
se trata de propriedade privada de meios de comunicação, que nos EUA é
proibido. Uma empresa não pode ser proprietária de um jornal e TV ou mesmo de
rádio na mesma cidade. Dessa forma, o país impede que a notícia divulgada por
aquela determinada imprensa seja disseminada com mais facilidade e força.
‘No caso de mídia impressa, a ideia é que mercado e opinião pública se
encarreguem da regulação. Casos de difamação, calúnia e outros tipos de injúria
costumam gerar processos na Justiça e resultar na aplicação de multas pesadas.’
– Leia mais: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/12/141128_midia_paises_lab
No caso da Venezuela, o assunto é
mais obscuro. Embora no geral, a regulação da mídia tenha interesse de proteção
dos escândalos políticos ou qualquer outro assunto que possa levar o governo a
desvantagem, na Venezuela, a tal regulação começou em 2005 quando três anos
após o conhecido “golpe midiático” contra o presidente Hugo Chávez (na época). Nesse
caso, a atuação dos meios de comunicação foi usada como um estímulo para uma
contraofensiva do Executivo para regular a atuação da imprensa na Venezuela. Depois
disso, em 2007, o canal aberto de oposição do governo (RCTV) teve sua renovação
de concessão vetada. Muitos acusaram o governo de retaliação política. De
acordo com a lei de regulação nesse país, o Estado controla as renovações de
concessões, que caíram de 25 para 15 anos, prorrogáveis ou não. Em 2010, a lei
foi reformada e passou a abranger também a internet. Aí ferrou! Segundo a diretora
do IPYS (Instituto Prensa y Sociedad), Marianela Balbi, a lei é regressiva e
contraria o direito à liberdade de expressão.
No Reino Unido, a ideia é calar
mesmo a boca dos propagadores das notícias. Afinal, a lei por lá visa à
regulação da atividade de jornais e revistas, e as emissores de TV e rádio. No
entanto, vendo por outro lado, neste caso, a mídia precisa estar atenda naquilo
que divulga também né! O que aconteceu para que houvesse leis pais rígidas no
Reino Unido? ‘Em 2011, uma comissão
judicial, coordenada pelo juiz Brian Leveson, passou a analisar desvios de
ética na mídia após um escândalo envolvendo principalmente tabloides. Em um dos
casos, um jornal hackeou o telefone de uma estudante assassinada e apagou
mensagens da caixa eletrônica, o que deu à família e à polícia a esperança de
que ela pudesse estar viva. O relatório final do chamado inquérito Leveson
afirmou que a imprensa "causou dificuldades reais e, algumas vezes,
estragos na vida de pessoas inocentes, cujos direitos e liberdades foram
desprezados".’
No Reino Unido, os órgãos reguladores
estão de olho na imprensa! O Ofcom,
órgão que regula as emissoras de TV e Rádio, visa garantir a pluralidade da
programação de TVs e rádios, fazendo com que o público não seja exposto a
material ofensivo, que as pessoas sejam protegidas de tratamento injusto nos
programas, e que tenham sua privacidade invadida.
Na Argentina, a chamada
Ley de Medios (Lei de Meios) foi aprovada em 2009, no governo da presidente
Cristina Kirchner, porém ainda gera polêmicas, principalmente, para o poderoso Clarín,
que foi o mais afetado pela medida, já que deveria abrir mão de mais da metade
das suas cerca de 200 concessões de TV a cabo e aberto em diversas regiões do
país. Assim também como outras empresas de comunicação.
‘A lei define regras para emissoras de TV e rádio. O objetivo é a
"regulação dos serviços de comunicação" e o desenvolvimento de
mecanismos destinados à "promoção, desconcentração e fomento da
concorrência com o fim de baratear, democratizar e universalizar" a
comunicação.’
Leia
mais: http://www.cartacapital.com.br/blogs/intervozes/regulacao-da-midia-nao-e-censura-2340.html
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