O que fazer?
Até quando posso dirigir? Quando eu estava grávida do meu primeiro filho, eu
tinha medo de dirigir. Depois que ele precisou ir para a creche e eu comecei a
trabalhar, alguém precisar leva-lo ao berçário. E sobrou para mim! Como meu
trabalho ficou muito distante de casa, tive que comprar um carro, renovar minha
habilitação e perder o medo de dirigir. Acho que foi a necessidade me deu um
empurrazinho que eu precisava. Aos poucos fui ganhando mais confiança. Hoje
minha preocupação ao dirigir já não é mais comigo e, sim, com os outros.
Prevenção e atenção acima de qualquer suspeita no trânsito. Até que prove o
contrário, há sempre um barbeiro me rodeando.
Depois de um
acidente grave que me envolvi, por causa de um motorista barbeiro, que saiu de
uma rua secundária sem prestar atenção que eu estava na principal, todos para
mim vão fazer alguma besteira, até que passe por mim e não aconteça nada. Hoje
estou bem mais atenta a isso. Direção defensiva sempre!!!
Agora,
grávida do segundo filho e dirigindo para cima e para baixo, fiquei pensando:
até quando posso dirigir? Segundo meu marido, bem preocupada pelo fato de eu
dirigir grávida, disse que só posso dirigir até o 7º mês. Com isso, resolvi
começar minha saga pela internet, no fantástico mundo do google, pesquisando em
sites especializados, com fontes seguras, de preferências textos assinados por
médicos ou entendidos do assunto, sobre a gestante e o volante. Até quando uma
grávida pode dirigir? Você sabe? Conhece os riscos? Já procurou saber com seu
obstetra? Pois bem, pesquisei alguns sites e abaixo vou postar algumas
recomendações.
Na próxima
semana, tenho consulta com meu obstetra e vou fazer essa mesma pergunta a ele:
até quando, doutor, vou poder dirigir?
"O
Código de Trânsito Brasileiro não proíbe a grávida de dirigir, entretanto ela
precisa entender que há riscos. Sobretudo no primeiro trimestre de gravidez,
quando os enjoos e as tonturas são muito frequentes. Mas com a vida corrida, a
responsabilidade de pegar os filhos na escola, dirigir pode ser uma
necessidade", constata Flávio Emir Adura, presidente da Associação
Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet).
Pequenas freadas podem causar ruptura do útero,
hemorragia e até parto prematuro
Quem pode
dirigir
Até 1997, o
Código de Trânsito Brasileiro impedia as mulheres grávidas de dirigir a partir
do quinto mês de gestação. É que além do bebê estar mais agitado na barriga,
podendo desviar a atenção da mãe, os reflexos da mulher durante a gravidez se
tornam mais lentos e os riscos de acidente aumentam. Isso ficou no passado.
O atual
código não faz nenhuma restrição, mas especialistas alertam: "Teoricamente
as grávidas que não apresentam nenhum problema durante a gestação podem dirigir
até o nono mês de gestação. No entanto, após o sétimo mês, a prática começa a
ficar complicada já que a barriga está muito grande, a posição do cinto
atrapalha e as pernas incham", afirma o ginecologista Márcio Coslovsky.
Por isso, é altamente recomendável que a partir deste período os cuidados sejam
redobrados.
Já no nono
mês é necessário reavaliar se a direção é absolutamente necessária. "O
risco é altíssimo!", alerta Flávio Emir Adura. Mulheres com aumento do
útero por gravidez de gêmeos, com o fundo uterino acima do esperado, pressão
alta, pés inchados, tomando remédios para enjôo e com sangramentos ou rutura da
bolsa d'água não devem dirigir. Os medicamentos contra enjôo causam sonolência
e o inchaço nos pés dificulta a movimentação dos pedais.
Recomendações
Colisões,
freadas bruscas, buracos, derrapagens. As ruas e estradas oferecem dezenas de
perigos e com as grávidas, os riscos são ainda maiores. "Quando a barriga
fica muito próxima ao volante, qualquer colisão ou freada mais brusca pode
fazer com que a barriga encoste nele e haja descolamento de placenta",
exemplifica Márcio. E Flávio acrescenta: "Pequenas freadas podem causar
ruptura do útero, hemorragia e até parto prematuro". Por isso, alguns
cuidados são de extrema importância. A começar por ele – o cinto de segurança.
A grávida não deve dirigir por longos períodos para
evitar estresse, hipoglicemia, dificuldade de retorno venoso e inchaço nas
pernas.
A posição
da poltrona é outro quesito que deve ser bem observado. "A posição
ideal é sempre aquela que é a mais confortável para mulher. No entanto, a
lombar tem que ficar o mais reto possível, formando um ângulo de 90º com as
coxas e bem afastada do volante para haver espaço suficiente para esticar as
pernas", aconselha Márcio.
As almofadas
entre as costas e o encosto não estão proibidas, mas jamais devem ser
usadas como assento. "Em caso de acidente, a almofada pode deslocar,
deslizando o corpo da mulher e ocasionando lesões graves", afirma Flávio.
Quanto à posição do volante, ele deve estar o mais elevado possível – se
houver regulagem da coluna de direção – em, pelo menos, 15 centímetros afastado
do abdômen.
Até mesmo o
tempo de direção deve ser contabilizado! "A grávida não deve dirigir
por longos períodos para evitar estresse, hipoglicemia, dificuldade de retorno
venosos e inchaço nas pernas", explica Flávio. O ideal é que a mulher não
exceda o tempo de duas horas ao volante e dê algumas paradas no caminho para
alongar os músculos do corpo. Se você não for dirigir, prefira viajar no banco
traseiro, de preferência em posição central para evitar choques frontais e
laterais. E quando os imprevistos aparecerem, como um pneu furado,
mantenha a calma e peça ajuda. "Qualquer esforço a mais pode acarretar a
perda do bebê" confirma o ginecologista Márcio Coslovsky.
De acordo
com o presidente de Abramet, Flávio Emir Adura, o segredo de uma direção segura
está em adotar um comportamento defensivo. "A gestante deve evitar
conduzir em condições meteorológicas desfavoráveis, como chuva e calor
excessivo. Deve dirigir em velocidade baixa (cerca de 60 km/h) e evitar o
estresse. Saia mais cedo para não se atrasar nos compromissos e controle o
nervosismo em congestionamentos", finaliza Flávio.
Fontes:
Portal do Trânsito - http://www.portaldotransito.com.br/noticias/recomendacoes-para-dirigir-com-seguranca-durante-a-gravidez.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário