"NÃO VOS INQUIETEIS, POIS, PELO DIA AMANHÃ, PORQUE O DIA DE AMANHÃ CUIDARÁ DE SI MESMO. (...)" - MATEUS 6:34



quarta-feira, 14 de março de 2012

Brasil: o país das mordomias - Capa de hoje CB



Capa do Correio Braziliense


Vejam só: eles têm casa, carro, avião, comida, roupa lavada, os salários mais elevados do serviço público, verba de gabinete para contratar apadrinhados e ainda acham pouco. No Distrito Federal, o capricho da vez são os carros de luxo. Após aprovar lei se presenteando com os veículos, distritais dizem não querer mais o mimo. No Senado, a orgia à custa da população que trabalha para sustentá-los vai muito além dos acintosos 14º e 15º salários. Presidente de comissão promete votar o fim dos extras na terça-feira
Senado dribla regras e amplia privilégios


A lista de regalias cada vez aumenta mais. Não bastassem salários extras e auxílio para tudo, parlamentares escapam do limite fixado para a contratação de comissionados lotando 268 funcionários terceirizados nos gabinetes



» JOSIE JERONIMO

» ERICH DECAT


Décimo quarto, décimo quinto, ressarcimento de gastos com carro, casa, motorista, passagens aéreas, drible na Receita Federal, e apesar das mordomias, os senadores ainda acham pouco. E, por isso, encontraram uma forma de turbinar o número de funcionários no gabinete parlamentar sem botar a mão no bolso. Para fazer render os R$ 80 mil mensais que a Casa concede para a contratação da equipe de trabalho, os senadores requisitam funcionários terceirizados para fazer os serviços que os comissionados não querem fazer. Dados de transparência da Casa mostram que pelo menos 268 trabalhadores terceirizados, contratados para realizar serviços gerais para a estrutura administrativa do Senado, foram desviados para servir exclusivamente gabinetes parlamentares.


A maior fornecedora de mão de obra terceirizada para o Senado é a Planalto Service, que tem contrato de R$ 27 milhões com a Casa. Desse montante, R$ 22,3 milhões pagam o chamado "Grupo Operacional I" de funções de serviços gerais — 268 dos 614 funcionários pagos com esse montante são "requeridos" para exercer serviços exclusivos nos gabinetes parlamentares — na prática, mais uma extensão das regalias (Leia quadro ao lado). Se os parlamentares utilizassem a verba de contratação para suprir os serviços realizados pelos terceirizados, o Senado economizaria R$ 9,7 milhões em contrato com a empresa prestadora de serviço. - matéria completa na versão impressa do Correio Braziliense.

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