"NÃO VOS INQUIETEIS, POIS, PELO DIA AMANHÃ, PORQUE O DIA DE AMANHÃ CUIDARÁ DE SI MESMO. (...)" - MATEUS 6:34
sexta-feira, 24 de agosto de 2007
Artesãs de Samambaia focam a conservação ambiental
Thaiza Murray
Um grupo de artesãs de Samambaia, Distrito Federal percebeu que o Cerrado é uma fonte de riqueza natural e econômica. A partir da preocupação com as questões ambientais do Cerrado, foi criada a empresa Flor do Cerrado, que tem como objetivo propagar por meio de seus produtos a consciência da conservação ambiental.
A responsável pelo projeto ambiental, Rose Mendes, nascida em Brasília, diz que tem acompanhado o Cerrado sendo cada vez mais destruído com as queimadas e afirma, “O Cerrado não fala, mas ele chora”. Com essa idéia, o grupo de artesãs de Samambaia tem estimulado com a criação de seus produtos a importância da sustentabilidade do meio ambiente.
O Cerrado brasileiro, segunda formação por extensão no país, correspondia a 2 milhões de Km2, abrangendo doze estados do Brasil. Contudo, hoje, restam somente 20% desse total e menos 2% protegido por parques ou reservas.
Com a diminuição da área do Cerrado, diminuem espécies vegetais e animais na região. A fauna e a flora acabam sendo destruídas devido ao desmatamento, queimadas e ocupação humana.
O Cerrado é caracterizado pelas suas árvores de troncos retorcidos e recurvados, com folhas grossas e esparsas. Durante muitos anos sua área foi considerada não proveitosa para a economia do Brasil.
Os produtos produzidos pela Flor do Cerrado são ornamentos e acessórios femininos. “O processo é todo natural e ecologicamente correto”, afirma Rose. Para a produção são colhidas plantas típicas do Cerrado, que já caíram das árvores e estas vão para cozimento no fogão à lenha. O processo não termina na colheita das plantas na natureza. Em um terreno próprio, onde foram plantadas árvores da vegetação nativa de Brasília, Rose pesquisa as principais plantas, período de germinação e a fisiologia vegetal. Ela busca aperfeiçoar seus produtos, pesquisando a melhor forma de aproveitar o que a natureza descarta, sem agredi-la.
O tingimento também é feito de maneira natural utilizando serragens, mamonas, açafrão, urucum e ferrugens. Inclusive a fixação das cores nas plantas é natural, são expostas no mordente, isto é, nas cinzas.
Rose afirma que hoje 50% de seus produtos são exportados e com eles a história do Cerrado e a importância da conservação ambiental.
A responsabilidade sócio-ambiental é forma com que as pessoas de uma comunidade ou empresas contribuem na conservação do meio ambiente.
De que forma pode-se exercer a responsabilidade sócio-ambiental? Cuidando para o que existe no meio ambiente seja conservado, sustentado, renovado e não destruído.
A responsabilidade sócio-ambiental começa em pequenos gestos e moradores de Samambaia em suas pequenas ações têm mostrado para todos, os resultados positivos de seu trabalho. “Mais do que ganhar dinheiro, nos preocupamos com o meio ambiente. Vendemos nossos produtos, mas, mais do que isso, vendemos um conceito. O conceito de preservar o Cerrado”, diz Rose.
Foto: Thaiza Murray
domingo, 19 de agosto de 2007
Desemprego: desgaste social
Thaiza Murray
A falta de emprego no Brasil, não é um assunto fora de moda, mas que infelizmente, ainda hoje, nos causa inquietudes, devido há todos esses anos não ter tido uma solução, causando assim, um desgaste social.
Foi feita recentemente uma análise pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócios-Econômicos (Dieese), segundo a qual o maior problema brasileiro na última década foi o desemprego e, no século, a distribuição de renda. A análise do Dieese baseou-se em dados levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Muitas são as causas que atribuímos o desemprego, essa situação em que parcela da força de trabalho não consegue obter ocupação. Diversas empresas preferem investir em seus próprios empregados, aperfeiçoando-os e promovendo-os para outras áreas dentro da própria empresa, a contratar outras pessoas dando-as oportunidades de entrar no mercado de trabalho. Um dos fatores da falta de oportunidade é devido as pessoas não apresentarem especialização, despreparadas para o mercado atual, pois nem a graduação, hoje, garante alguma coisa. As indústrias, ultimamente, vêm aumentando cada vez mais a sua produção, sem ao menos, se preocuparem em providenciar uma redução devida da jornada de trabalho. Isso colabora para o desgaste social.
Como as pessoas não conseguem empregos, elas apelam para a economia informal, constituindo assim, um conjunto de atividades econômicas sem registro de empregados ou recolhimento regular de impostos, abrangendo o comércio, a produção e a prestação de serviços em pequena escala como o de camelôs, artesões, engraxates e atividades ilegais, como o contrabando.
Em decorrência do baixo crescimento econômico, o aumento da produtividade sem a devida redução da jornada de trabalho, a abertura da economia, as altas taxas de juros e a elevada carga tributária, não há como acabar de vez com o desemprego. Mas cada estado poderia investir no setor que demonstra mais vocação, gerando empregos em todas as áreas e departamentos nos setores agropecuários, comércios, indústrias, serviços domésticos, instituições financeiras e construções civis, concedendo assim, oportunidades a todos para adentrar no mercado de trabalho.
A falta de emprego no Brasil, não é um assunto fora de moda, mas que infelizmente, ainda hoje, nos causa inquietudes, devido há todos esses anos não ter tido uma solução, causando assim, um desgaste social.
Foi feita recentemente uma análise pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócios-Econômicos (Dieese), segundo a qual o maior problema brasileiro na última década foi o desemprego e, no século, a distribuição de renda. A análise do Dieese baseou-se em dados levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Muitas são as causas que atribuímos o desemprego, essa situação em que parcela da força de trabalho não consegue obter ocupação. Diversas empresas preferem investir em seus próprios empregados, aperfeiçoando-os e promovendo-os para outras áreas dentro da própria empresa, a contratar outras pessoas dando-as oportunidades de entrar no mercado de trabalho. Um dos fatores da falta de oportunidade é devido as pessoas não apresentarem especialização, despreparadas para o mercado atual, pois nem a graduação, hoje, garante alguma coisa. As indústrias, ultimamente, vêm aumentando cada vez mais a sua produção, sem ao menos, se preocuparem em providenciar uma redução devida da jornada de trabalho. Isso colabora para o desgaste social.
Como as pessoas não conseguem empregos, elas apelam para a economia informal, constituindo assim, um conjunto de atividades econômicas sem registro de empregados ou recolhimento regular de impostos, abrangendo o comércio, a produção e a prestação de serviços em pequena escala como o de camelôs, artesões, engraxates e atividades ilegais, como o contrabando.
Em decorrência do baixo crescimento econômico, o aumento da produtividade sem a devida redução da jornada de trabalho, a abertura da economia, as altas taxas de juros e a elevada carga tributária, não há como acabar de vez com o desemprego. Mas cada estado poderia investir no setor que demonstra mais vocação, gerando empregos em todas as áreas e departamentos nos setores agropecuários, comércios, indústrias, serviços domésticos, instituições financeiras e construções civis, concedendo assim, oportunidades a todos para adentrar no mercado de trabalho.
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