segunda-feira, 16 de julho de 2007
A música e o papel social
A música diz muito o que o indivíduo representa. É uma forma de expressão intrínseca do homem e está presente desde o início de sua existência. A música é de extrema importância na vida das pessoas. Em um filme de terror, por exemplo, não apresenta o mesmo impacto sem a música de suspense. Se fosse mudo, não proporcionaria o "medo" e “expectativa”. Nem um filme de romance, teria sentido, sem o glamour da música romântica, que envolve o telespectador, fazendo-o até emocionar-se.
Com a mudança grotesca do funk trouxe em suas letras apologias ao tráfico e consumo de drogas, prostituição e violência. A sua divulgação, transformam temas complexos e submundos, banais para o grupo que as ouvem. A música tem o poder de conduzir o homem. E quando a música apresenta uma letra negativa, como o funk “adultério”, o indivíduo é envolvido de tal forma, a aceitar naturalmente o que lhe é dito.
A sociedade estagna a cultura, o crescimento emocional sadio e a educação toda vez que um indivíduo, interpreta uma música com letras negativas para sua vida. Toda vez que passa a realizar ações violentas, promíscuas e amorais devido a influência das letras do funk. As pessoas precisam estar atentas para o que realmente está acontecendo ao seu redor e não passar despercebido o Pandemônio que acontece no mundo.
Thaiza Murray
Onde iremos chegar?
Assunto: O Funk adultério
Mr Catra ou Wagner Domingues Costa é autor do "hit" o funk "adultério". Mr Catra é pai de 13 filhos com diferentes mulheres. Daí já dá pra se entender essa sua "brilhante" composição. Seus shows começam ao som de sua voz grave e de timbre áspero rezando um Pai Nosso a plenos pulmões. Terminada a oração ele entoa um grito de guerra com os finos dizeres: "Deus abençoe a PUTARIAAAAAAAA!!!!!!".
O mais chocante de tudo isso é ver crianças dançando ao som desse tipo de música. O caráter sexualista de suas letras interfere no desenvolvimento emocional de milhões de crianças que são bombardeadas com um nível de erotização absurdo. O afeto é erotizado e os movimentos, a vestimenta e a maneira como se comportam, tem o sentido de provocar uma relação erotizante. Apresentam, portanto, distorção em sua capacidade de sentir, pensar, integrar, conhecer e de relacionar que ainda não têm condições emocionais, biológicas e maturidade de realizar, despertando, muitas vezes, alto nível de ansiedade e depressão no futuro.
O tal funk tem uma letra virulenta e agressiva que chega a dar náuseas quando você presta atenção.
Mr Catra dá uma risada sinistra e aterrorizante e "canta": "Sabe esses dias que tu acorda de ressaca / Tua roupa tá cheia de lama / e a cachorra tá na cama".A estrofe exalta o consumo excessivo de álcool e visão humilhante da mulher ao chamá-la de cachorra.
E em outra estrofe o ouvido de penico que se transformou a audição brasileira ainda ouve: "Sua mina só reclama, tira a sua paz / Ela é chata demais / Procura a profissional meu mano / Que ela sabe o que faz / É uma coisa louca / Quica quica em cima de mim / Assim / Antes, durante e depois é... até o fim!!".
A música em todos os tempos sempre foi influenciadora dos comportamentos dos seres humanos.Depois as pessoas não sabem porque a juventude está agredindo gente no ponto de ônibus e até os senadores da república acham normal ter filhos fora do casamento. O Brasil é cada vez mais um pais sem valores morais, a liberdade nesse país é totalmente confundida com libertinagem. E os efeitos disso são devastadores e em todas as áreas.
O funk na sua estrutura musical é extremamente dançante e suas origens são nobres. Vem de James Brown um ícone da musica negra nos Estados Unidos e no Brasil da década de 70 quando surgiu um movimento cultural essencialmente negro chamado "Black Rio" que exaltava através da música o orgulho negro. A batida chamada de "pancadão" no funk foi herdada do estilo "Miami Bass" surgido na Flórida nos anos 80. Ritmo esse caracterizado por um estilo de batidas pesadas, aceleradas, com graves de freqüência muito baixa, marcados por uma certa semelhança com o surdo do samba e com versos mais curtos.
Nas mãos dos Dj´s brasileiros o funk se proliferou pelas favelas e depois por todo o país sempre caracterizado pelas letras com conteúdo erótico. Surgiram os "proibidões" exaltando a criminalidade e tornando o ritmo uma espécie de propaganda ideológica do tráfico.
O auge do funk foi quando ele se misturou ao samba e surgiu em 1997 na "paradinha" da bateria da escola de samba Viradouro. Hoje o funk é tão poderoso que faz rebolar crianças que mal deram seus primeiros passos e já dançam musicas como essa de Mr Catra.
quinta-feira, 12 de julho de 2007
Papo Cabeça: educação
Professor Edson Nascimento
Foto: Thaiza Murray
Entrevista feita pela estudante de jornalismo Thaiza Murray com o professor e pedagogo, da Faetec*, Edson Nascimento de Carvalho, sobre a educação no Brasil.
Faetec* Fundação de apoio às escolas técnicas do Estado do Rio de Janeiro
TM: Como você mudaria a educação no Brasil, reestruturando o ensino ou investindo na formação dos professores?
Edson: Começaria reestruturando o ensino pela educação base. Se nós dermos atenção a uma política de qualidade no ensino básico, evidentemente, nós teremos uma qualidade melhor de alunos e, futuramente, profissionais competentes em suas áreas. (...) Quanto à formação, o professor por ele mesmo, busca sua reciclagem. Sente necessidade de saber mais e aprofundar seus conhecimentos. Até porque ele tem que estar bem informado, por estar dentro de um mundo globalizado.
TM: Como você, professor, tem se reciclado?
Edson: Tenho me reciclado lendo sempre. Selecionando bons filmes, documentários, novos livros. Primeiro, buscando a reciclagem pessoal, pois a velocidade das informações nos obriga a buscar a reciclagem intrínseca.
TM: Qual a sua opinião sobre o ensino a distância?
Edson: Em minha opinião o ensino a distância chegou de maneira prematura e distanciando a escola dos seus reais problemas educacionais. Avançamos numa educação a distância sem solucionarmos as necessidades emergenciais do ensino de qualidade. Não concordo com o ensino a distância, pois a presença física dos dois componentes, aluno e professor, é vital na dialética de uma melhor eficácia do ensino e aprendizagem.
TM: Obrigada professor pela entrevista.
Edson: Eu é que agradeço pela oportunidade de participar do Papo Cabeça.
SOLUÇÃO CONTRA O CORONAVÍRUS
Querido Leitor, Diante do novo Coronavirus, Covid-19, circulando em nosso país, mesmo que ainda em controle em determinados Est...
-
Thaiza Murray Dizem por aí que o óleo de copaíba cura reumatismo, artrose, dor na coluna, bronquite, dor na garganta, vermes, dermatose, cas...
-
Roteirista e Diretor Antônio Balbino Desde 1967 o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro tem atraído novos públicos e despertado novos t...
-
Olá meus queridos leitores! Este mês passei por algumas provações. Neste ou nesse, nesta ou nessa; eis a questão. Não sou formad...