O que farei com este canudo?
* Beto Moura
Diploma não é o problema. Assim determinou o STF...
Então, o que farei com o meu canudo?
Penso, mas não falo, seria “óbvio ululante”...
Pensando bem, vou falar...
Uma paródia da longínqua infância sombreou minhas lembranças: jingle Bells, jingle Bells acabou o papel, não faz mal, não faz mal, se limpa com jornal, o jornal está caro, caro pra chuchu, o que vou fazer pra limpar o meu cu....
A desculpa esfarrapada do STF, não logrou êxito no meio jornalístico. E se vocês pensam que a decisão saiu nas coxas, estão redondamente enganados. Foram dias após dias estudando se o profissional deveria ou não ser diplomado – um ser ou não ser? Que nem o príncipe da Dinamarca titubearia – Canudo ou não, eis a questão!
Parece-nos que o decreto-lei 972/1969, baixado durante o regime militar, não foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988. Assim, as exigências contidas feriam e ferem a liberdade da empresa; digo, liberdade da imprensa, além de contrariar o direito à livre manifestação do pensamento inscrita no artigo 13, da convenção Americana dos direitos humanos – pacto de San Jose da Costa Rica –
Incrível mesmo é que foram buscar uma brecha de inconstitucionalidade da constituição para legitimar que vivemos numa democracia! Será???
Que fundúrcio!!! É pra deixar qualquer um baratinado.
O Ministro Gilmar Mendes por sua vez, disse: “Na democracia é requisito essencial a existência de uma imprensa livre e independente, mas também responsável”.
Enquanto isso, Globo e Record caminham na contramão, travando um “Armagedon” particular com trocas de acusações, denúncias e outras coisitas mas... Além de vomitam pela telinha: BBBs, Nos Limites, As fazendas, Casas dos Artistas e coisas que o valham...
Que ÓÓÓÓÓÓ de borogodó, hein?
Sabemos que o diploma por si só, é vazio, e não vale rigorosamente nada! Nada! NADA!!!Portanto, a busca para aperfeiçoamento da profissão, deve ser constante. Pois um país se faz com homens e livros , já dizia Monteiro Lobato.
Então, vale mesmo, o que está escrito. Ou melhor; o que não está escrito: quem decidirá são os diretores das empresas jornalísticas. E nos damos por felizes...
Jornalismo é coisa séria, ainda acho que sim, apesar do mercenarismo encontrado na profissão – não é porque o oceano contém algumas gotas de água suja , que esteja sujo por completo. É, vero!
Outro dado preocupante e que ganha espaço a olhos vistos e ouvidos atentos; o adultério na “língua Portuguesa”. Uma pátria amada, idolatrada, salve, salve! Desrespeitada dioturnamente; divorciada das regências e concordâncias gramaticais em tons visíveis? Audíveis e não dizíveis pelos ditos jornalistas. Alguns com canudos devidamente titularizados. Outros sem? Não sei!
Praticada pelos canudeiros de plantão ou não, a kizomba Tupiniquim, vem saindo melhor que a encomenda, pode crer!
...Pra mim fazer, por eu fazer...Fazem dez anos, por faz -tempo decorrido- ...O mascote do jogos Olímpicos, ou dos jogos Pan-Americanos...O moral por a moral...Dois gêmeos idênticos... Erário público... Problema de “saúde”...risco de “vida”. Ou os :dispois, dipois , que ainda é depois...Brava por braba...Tamém por também...Sombrancelha por sobrancelha... Não sai da daí, por não saia daí... Não perde tempo por não perca tempo - preserva-se a forma do imperativo negativo do subjuntivo... Entrar de férias/sair de férias, por entrar em férias/sair em férias...O governo interviu, por O governo interveio - conjugação é com o verbo vir e não com o verbo ver...Ao meu ver, quando a meu ver...Aonde, por onde...Comprimento por cumprimento... “Uma” grama do medicamento, por um grama do medicamento.... Isso sem falar do gerundismo: Vai estar “botando”, vai estar “fazendo”, vai estar “enviando” da nossa velha telinha mágica...O /ê/ fechado – padrão não prosódico oficial, em detrimento do/é/ aberto, marca de alguns apresentadores de rádio e TV, com exceção do tio Silvio Santos, que usa e abusa do seu o carioquês–paulistano quase octogenário.
Aedes aegypti, por exemplo, o a inicial é pronunciado em alto e bom tom, é, vero! Não por todos os repórteres, senão a vaca ia pro brejo com bezerro e tudo...
Kosovo, o som é de /z/, nunca de /ss/. Algumas palavras em francês como Roland Garros se escreve, mas não se lê o s final. Assim como em : Cannes, Davos, Camus. E nem precisaria de uma investigação à lá “Chomsky” na gramática Port-Royal.
Sabe-se que o inocente jornalismo, que nasceu menino pobre, agora, se veste de nobre, sendo a menina dos olhos das empresas de comunicação. Como o analfabetismo no Brasil é em graus, a coisa caminha vil diante dos olhares complacentes do MEC? Que jazzz!!!
Em verdade vos digo amigos jornalistas de boa vontade: relaxa e goza porque assim caminha a humanidade. É, vero!!!!
Formado em Letras Vernáculas pela UFRJ.
Autor: “Filho virtual” – conto –
Fonte:
estadão
extra
demasiadohumano.speceblog.com.br
pensador/ghandi
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