"NÃO VOS INQUIETEIS, POIS, PELO DIA AMANHÃ, PORQUE O DIA DE AMANHÃ CUIDARÁ DE SI MESMO. (...)" - MATEUS 6:34



sábado, 16 de junho de 2007

Cão não se compra, nem se vende!

A foto é da cadela "Amarelinha da Praça" - mora debaixo de um sofá velho numa praça próxima ao Centro de Ensino 08, em Taguatinga Norte-DF. Ela espera alguém para adotá-la! Foto: Thaiza Murray


O(a) companheiro(a) ideal não se compra com dinheiro!


A idéia de se comprar um cão de raça, com pedigree, de um canil, pode parecer uma garantia de saúde ou de qualidades especiais, mas isso é um grave engano!
Muitas das raças de cães comercializadas no Brasil vêm apresentando crescente número de indivíduos com problemas, como transtornos de personalidade, doenças e debilidades congênitas, devido à consangüinidade.
Fazer um cão procriar é muito fácil, basta colocar um fêmea no cio junto com um macho. Por isso muitas pessoas completamente leigas têm a idéia de se dedicar à "criação" de cães, visando auferir lucro. Mas a questão é que a dedicação e o custo para se manter um cão bem tratado, alimentado, cuidado, sem parasitas ou doenças, e acima de tudo com carinho, são elevadíssimos! Apenas uma única dose mensal de remédio anti-pulgas de última geração custa de R$20,oo a R$40,oo dependendo do porte.


Não é possível obter lucro criando cães com todos os cuidados necessários!


Por isso os canis profissionais não têm outro remédio senão o "corte de despesas", e isso quase sempre significa animais com deficiências nutricionais, muitas vezes com sarnas ou outros parasitas, e com assustadora freqüência com algum problema ligado à consangüinidade.

É verdade que existem pessoas que podem ter predileção por alguma raça determinada, com suas características próprias (trata-se apenas de uma questão de gosto pessoal). Mas mesmo essas pessoas só estarão seguras se ganharem um filhote de algum amigo ou conhecido. Se buscarem um anúncio em jornal, mesmo de um canil grande e antigo, correm o risco de comprar um cão que não seja o que esperam, eu mesmo passei por essa experiência, ao adquirir um labrador de ótimo pedigree: ele é um animal bondoso a quem amo muito, mas sua personalidade está longe de ter a serenidade característica dos labradores que conheci há uns 25 anos.

Afirmo tudo isso não para demonizar os criadores. Certamente há criadores sérios, que foram levados a entrar nesse ramo movidos justamente por seu amor aos cães. Eu próprio, há muito tempo, exatamente por esse motivo, pensei em ser criador: criador de fox-paulistinhas. Mas bastou um mínimo de contato com a realidade "comercial" desse ramo, para eu perceber o imenso abismo que existe entre o ambiente caloroso de uma casa onde um cão é amado, e a frieza do mercado que os comercializa. Das pessoas que procuram um criador de cães para comprar um filhote (seja em uma exposição ou por meio de um anúncio) poucas têm noção do trabalho e dos cuidados necessários para se manter um cão; e menos ainda escolhem uma raça por algum bom motivo. Algumas até se esquecem que o filhotinho vai crescer e se tornar adulto.


E o triste resultado disso é que muitas vezes o cão acaba sendo indevidamente tratado, ou, pior ainda, abandonado pela pessoa que o comprou. (Certa vez eu escutei uma pessoa se "justificar" do abandono de um animal com a alegação de que ao crescer ele deixara de ser "tão bonitinho").


A verdade é que a criação de cães, como quase todas as atividades do mundo de hoje, passou a ser regida pela dita "lógica do mercado". E isso significa: criar a raça da moda (que por entrar na moda exige uma rápida multiplicação de matrizes, e por isso, inevitavelmente, consangüinidade). A "lógica do mercado" também exige redução de custos, e assim os canis precisam se transformar em "fábricas de cães": fêmeas com ninhadas constantes, poucos gastos. O cão deixa de ser um amigo amado, e passa a ser um objeto.


Ao ponderar essas duas realidades, de um lado a frieza da produção em massa de animais para venda, e de outro abandono de animais por serem mestiços ou por serem adultos, perdi qualquer desejo de ser criador. Concluí que a maravilha da natureza que é a procriação desses animais amigos, torna-se algo triste nas mãos do ser humano.


Guarde seu dinheiro! Cão não se compra, nem se vende!


Antes de "comprar" um filhote, principalmente se for de uma "raça da moda", pense que, além de correr um sério risco de não obter o que imagina, você estará contribuindo para duas industrias perversas. Uma são as "fábricas de cães", a outra é o abandono, sofrimento e extermínio de animais mestiços e de raça, que não são desejados pelo "mercado". Essas duas "indústrias" são simbióticas, ambas crescem juntas e ambas devem ser combatidas juntas.


Existem no Brasil dezenas (talvez centenas) de Entidades do mais alto gabarito, dedicadas a cuidar de animais sem dono e prepará-los para uma adoção bem sucedida. Lá você vai encontrar pessoas interessadas não em seu dinheiro, nem em lhe "empurrar" um animal que não seja adequado às suas necessidades; mas pessoas altruístas, cujo único interesse é encontrar um animal perfeito para você e sua família, seja para ser companheiro de seus filhos, seja para guardar sua casa, ou para qualquer outra finalidade. Essas Associações possuem veterinários, adestradores, tratadores, gente que realmente ama e entende os animais. Lá não vale a "lógica do mercado", mas sim a "lógica do coração". Qualquer animal lhe será entregue tratado, vacinado, desverminado e, o que é mais importante, com a personalidade conhecida e estudada.


Nessas associações você encontrará animais de todas as idades e portes, inclusive filhotes. Antes de "comprar" um filhote, não deixe de visitar uma dessas associações, e converse com uma das pessoas que se dedicam a elas, você certamente irá descobrir muitas coisas que nem imaginava, e terá a chance de passar a ser dono de um animal muito mais adequado a você e mais saudável do que o que obteria em um canil.


Pergunte a qualquer geneticista sobre o vigor híbrido!


Um cão mestiço é 99% das vezes mais vigoroso, mais resistente a doenças e menos sujeito a debilidades ou mal formações do que qualquer cão de raça. Isso porque a mestiçagem é o oposto da consangüinidade, ao invés das debilidades se multiplicarem, elas são anuladas pelos genes distintos. Essa mistura de genótipos tem até um nome: vigor híbrido. Esse fenômeno é conhecido há muito tempo pelos geneticistas.


Seja chic, desfile com um mestiço!


Nas últimas décadas, verificou-se na sociedade brasileira um grande aumento da sensibilidade das pessoas em relação à ecologia e ao respeito pelos outros seres vivos. Alguns hábitos mudaram. Qualquer tipo de desperdício que antes podia ser visto como sinal de opulência, hoje é visto como rudeza ou ignorância. A separação do lixo e a reciclagem eram algo impensável até meados do século XX, mas hoje são hábitos da maioria das famílias bem educadas. Da mesma forma, passear com um cão mestiço deixou de ser uma demonstração de "pobreza", e passou a indicar uma atitude de sensibilidade e responsabilidade pelos outros seres. O dono de um mestiço é uma pessoa que colabora para que menos animais sofram com o abandono.


O que pode ser mais chic do que passear com um cãozinho saudável e alegre, cheiroso, de pelos e unhas aparados, perfeitamente tratado e mestiço?





Leia também:

Um texto do mesmo autor sobre a relação de homens e cães,

sua postura frente a vida e a morte, e a terrível imoralidade das "carrocinhas":http://www.casadacultura.org/andre_masini/artigos/2004/Abr/morrer_dormir_sonhar.html


Entidades Brasileiras de Adoção de Cães e outros Animais



Adote um cão - Brasília-DF

sexta-feira, 15 de junho de 2007

CRÔNICA: Rodoviária dos pobres


“A idéia de que haveria uma tendência à redução das desigualdades nas fases avançadas do desenvolvimento econômico não resiste a analise dos fatos em nenhum país”. Thomas Piketty

Mano Lima


Quem viaja pela BR 222, no trecho que liga os estados do Piauí e Ceará, se surpreende com a qualidade do pavimento, novo, onde o trânsito flui, num quadro diferente da maioria das estradas brasileiras. Por lá, a operação tapa-buraco do Ministério dos Transportes não passou porque, felizmente, não há buracos. Mas não é isso o que mais chama a atenção dos motoristas que trafegam pela rodovia. À certa altura, o viajante lê uma placa sugestiva: rodoviária dos pobres. Os dizeres registrados em caligrafia rudimentar sugerem um pleonasmo. Afinal, a princípio, rodoviária não poderia ser o terminal de acesso dos ricos, que preferem o aeroporto ou os modernos cruzeiros transatlânticos.

A curiosidade juntou-se à sede: parei o carro para comprar água de côco e perguntei a um sujeito maltrapilho o porquê daquela placa. Ele disse que naquele ponto os que não tem dinheiro para comprar a passagem pedem carona para chegar ao outro município. Para essa massa de despossuídos o terminal rodoviário, há alguns metros dali, é algo distante. E os modernos ônibus de luxo, com ar condicionado e TV, são artigos de luxo. Sob o sol escaldante do verão nordestino, eles acenam para caminhões e carros de passeio e apostam na solidariedade dos motoristas, para chegar ao seu destino.

A mil e quinhentos quilômetros da “rodoviária dos pobres”, em Brasília, já existiu o “aeroporto dos pobres”. Quando governou o Distrito Federal, o hoje senador Cristovam Buarque determinou ao seu secretário de obras que modernizasse a antiga rodoviária da cidade, a fim de proporcionar aos passageiros um terminal bonito e organizado, com sanitários limpos e cheirosos e onde os usuários pudessem visualizar os horários de saída dos coletivos em painéis eletrônicos. A experiência durou pouco e foi apelidada de “aeroporto dos pobres”.

O abismo que separa os usuários de aeroportos e das rodoviárias onde milhares de brasileiros se engalfinham nos feriados prolongados e períodos de fim de ano, não é fruto da semântica: ele tem origem na perversa concentração de renda que separa os que consomem e usufruem o crescimento econômico brasileiro, dos que permanecem espoliados. De acordo com o estudo “Educação e distribuição de renda no Brasil”, feita em 2002 pelo professor da USP, Naércio de Aquino Menezes (disponível na internet) a pobreza brasileira é muito elevada se comparada ao seu PIB nada desprezível. Segundo o pesquisador 10% dos brasileiros mais ricos “apropriam-se de 48% de toda a renda gerada no país”. Isso é uma demonstração cabal de que o neoliberalismo agudizou o problema da concentração de renda no Brasil, como previu em 2001 o economista Thomas Piketty, do Centre Nacional de Recherches Sociales de Paris (França).

Abaixo da linha da pobreza, o caroneiro piauiense vê o progresso passar à sua frente: as carretas que escoam a safra agrícola brasileira que cresce a cada ano; os carros populares cujo consumo se multiplicou na última década, no lastro da estabilidade monetária. Do “outro lado” da pista, ele contemplam as maravilhas da 10a economia mundial e avistam nos outdoors farta propaganda oficial sobre os programas de renda mínima que espalham alimentos, subsídios e ilusões para os miseráveis do país. Resignado, ele sabe que o seu futuro parou no acostamento. E pede socorro.

O autor é jornalista e autor do livro “Deuses de Acrílico”
Foto ilustrativa - Thaiza Murray - Corumbá-GO

Rede de Pesquisa do Pantanal é avaliada de forma positiva

Desenvolvimento Sustentável

Comitê Científico reconhece a relevância dos resultados avaliados pela Rede

Analisar 17 projetos e buscar soluções sustentáveis para o manejo das atividades econômicas da região foram os principais pontos abordados pelos Comitês Científicos Avaliadores da Rede de Pesquisa de Pesca e Pecuária no Pantanal, entre os dias 29 de maio e 1º de junho, em Cuiabá (MT).
Estiveram presentes no evento os mais renomados pesquisadores, com o objetivo de avaliar os projetos de forma confiável, dando sugestões para que a rede desenvolva as atividades adequadamente, seguindo os parâmetros já expostos pelo comitê.
Para a coordenadora de Políticas e Programas Setoriais Ambientais do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Maria Luiza Braz Alves, que participou do workshop de pesca, "a expectativa é de que o trabalho extrapole o setor acadêmico e chegue à comunidade pantaneira".
Fizeram parte do Comitê Avaliador da Rede de Pesca, o coordenador geral de Incentivo à Pesquisa e Geração de Novas Tecnologias da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca, Eric Arthur Bastos Routledge, os professores da Universidade Estadual Paulista, Miguel Petrere Júnior, e da Universidade Estadual de Maringá, Ângelo Antônio Agostinho.
O Comitê da Rede de Sustentabilidade da Pecuária foi integrado pelo pesquisador William Ernest Magnusson, do Instituto Nacional de Pesquisa na Amazônia (Inpa/MCT); Marcel Bursztyn, professor títular da Universidade de Brasília (UnB); Maria Auxiliadora da Silveira e Pereira Neves, substituta de Programas Temáticos e Setoriais do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT) e do pesquisador Wolfgang J. Junk, do Max-Planck – Institut fur Limnologie (Alemanha).

Recomendações citadas nos pareceres

* a divulgação dos produtos deve visar todos os potenciais usuários dos resultados das pesquisas e não somente o meio acadêmico

* deve-se promover a integração entre os projetos, de forma que os mesmos possam interagir como um programa

* recomendação de que a Rede considere a relevância de se buscar meios de internalizar as competências geradas no processo (pesquisadores e alunos) em novas iniciativas de pesquisa e formação de recursos humanos.

Os pareceres apresentados pelos Comitês Avaliadores, ao final do evento, foram satisfatórios, com algumas recomendações de integração das atividades, subsidiando políticas públicas para o desenvolvimento sustentável da região.

Elkia Carminati - estagiária da Seped

Foto ilustrativa - Thaiza Murray - Florianópolis-SC

http://agenciact.mct.gov.br/index.php/content/view/44559.html

ENCONTRO NACIONAL DE COMUNICAÇÃO

Na luta por Democracia e Direitos Humanos

Todos os que vêm trabalhando pela pluralidade de meios e conteúdos na mídia sabem que um novo modelo de comunicação é condição para avançar na direção da plena democracia, da inclusão social e da concretização dos direitos humanos.

Se em todos os campos de atividade o Brasil vive um tempo de mudanças de paradigma, de participação democrática e implementação de políticas públicas modernas, por que no setor de comunicação deveria se conservar um modelo superado, de características oligárquicas?

Este é o momento de mudar o modelo da comunicação social brasileiro. O Congresso Nacional está debatendo novas leis para o setor. A digitalização e a convergência de mídias possibilitam novas formas de emitir e receber mensagens, além de multiplicar por quatro os canais existentes hoje. Quem será beneficiado? É hora de sociedade civil e diferentes órgãos do poder público mobilizarem-se para exigir que novos atores e novas realidades ajudem a construir uma comunicação para o Brasil de hoje e de amanhã.

Foi pensando nisso, em especial na organização da proposta de uma Conferência Nacional de Comunicação com ampla participação de todos os envolvidos, a ser negociada com o Governo Federal, decidimos realizar nos dias 21 e 22 (quinta e sexta-feira) de junho, no auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados, o Encontro Nacional de Comunicação – Na luta por Democracia e Direitos Humanos.

Esperamos por você!

Comissão de Direitos Humanos e Minorias
Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática
Câmara dos Deputados
Informações sobre programação e inscrição acesse o site:

sexta-feira, 8 de junho de 2007

LUÍS FERNANDO VERÍSSIMO NA EXPOTCHÊ


A Expotchê 2007 contou com a presença do escritor, jornalista e músico Luís Fernando Veríssimo que presenteou os admiradores com uma tarde de autógrafos no dia 7 de junho.

À noite para surpresa de alguns, tocou sax juntamente com a banda Jazz 6 em que faz parte desde 1995.

A banda de jazz já está em seu terceiro CD “Bossa do Jazz”, que elogiado pela crítica especializada reúne composições de Antônio Carlos Jobim e Ary Barroso.

Jazz 6 dedica-se a interpretações de clássicos da MPB, suas vertentes e canções internacionais. Apresentam-se na Região Sul e várias capitais do Brasil.

Em conversa com o escritor sobre o dom para a música ele disse, “sempre digo que a banda é formada por quatro músicos e um metido a música, pois conheço minhas limitações, mas enquanto não reclamam, continuo brincando de tocar jazz (risos)”, afirma. A banda foi formada por seis integrantes, mas um precisou sair. A noite foi bem agradável ao som de muita música brasileira e jazz.

A música é como um hobbie para o escritor. Mas ele tornou-se conhecido no mundo todo como autor consagrado e considerado o melhor cronista da atualidade.

Com o aumento dos blogs, sites de relacionamentos, comunidades virtuais, a internet apresenta um papel fundamental de caráter informativo, responsável pela formação intelectual, incentivo à leitura e à cultura. A leitura no Brasil não apresenta tanta popularidade quanto em outros países como os da Europa. Como escritor de muitos livros, Veríssimo tem perspectiva da leitura no Brasil, “a literatura tem futuro, seja nos livros ou no e-book, que se torna um meio alternativo de leitura”, disse.

Além das Mostras Literárias, a Expotchê conta com exposições de vinho, pão, chocolate, café, indumentária gaúcha, oficinas gastronômicas e atrações culturais. As praças temáticas foram reproduzidas cenograficamente de uma típica vila italiana do começo do século XX. A feira vai até dia 10 de junho, no Pavilhão do Parque da Cidade, Distrito Federal.


Thaiza Murray

Foto: Deyverson Murray

TV PÚBLICA: DIREITO DE TODOS



“Tv Pública: dever do Estado, direito da sociedade” foi o tema da mesa-redonda do dia 5 de junho, às 9h, no auditório da Faculdade Facitec, no Distrito Federal.

Estiveram presentes o presidente da Radiobrás José Roberto Garcez, o presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal Romário Schentino e o Deputado Distrital e Promotor de Justiça Chico Leite. Como mediador do debate esteve o jornalista e professor da Facitec Mano Lima.

Esse debate foi uma iniciativa do professor Mano Lima e contou com a participação para a organização do evento, alunos da turma do 5o semestre de Publicidade e Propaganda e, os alunos Leonardo Carvalho, Mônica Monazzi e Thaiza Murray, do 6o semestre de Jornalismo.

Convidado para ser mestre de cerimônia, o apresentador do programa de rádio Tarde Nacional, Luciano Barroso abriu a mesa-redonda apresentando a coordenadora do curso de Comunicação Social Denise Mesquita e o diretor geral da instituição Bráulio Pereira Lins, que estiveram representando a faculdade. Após a palavra do diretor, os convidados foram chamados para compor a mesa. No final do debate estudantes puderam fazer perguntas para os convidados, que esclareceram todas as dúvidas.

O Deputado Chico Leite disse que a TV Pública é uma ótima idéia, era o que estava faltando na área da comunicação para a sociedade, “a televisão pública traz liberdade de imprensa, de expressão e, mais importante, traz liberdade para o cidadão se manifestar”, afirma.

José Roberto Garcez explica a diferença da Tv Estatal, em que é voltada para assuntos governamentais; TV Privada, em que os interesses publicitários são o que importa e a TV Pública, voltada para a sociedade. Esse último estilo de televisão não é realidade do povo brasileiro, o mais conhecido modelo de comunicação pública é a BBC de Londres.

Segundo Garcez, o objetivo é fazer uma junção entre a Radiobrás e o sistema público de televisão, tornando um único núcleo, em que a sociedade passa ter o controle da programação, podendo, inclusive, ter acesso à produção do conteúdo dos programas, “o cidadão passa a ser produtor e telespectador (...) A Radiobrás continuará atendendo os interesses do Governo Federal e a TV Pública vai ter a participação da sociedade”, disse.

O presidente do sindicato dos jornalistas Romário Schentino chamou atenção para a possibilidade da concentração de propriedade nas mãos de um oligopólio e que precisa ser resistido, para não desviar do real objetivo do sistema público de televisão. Schentino disse que o modelo privado é aceito facilmente, porque parece perfeito, “novelas perfeitas, telejornal com notícias quentes e a sociedade acaba não se manifestando”, disse. O povo tem o direito da liberdade de opinião e de participar das programações que assistem.

Para Garcez, a TV Pública vai abrir espaço no mercado de trabalho para os jornalistas recém-formados, “a democratização dos meios de comunicação tem haver com os estudantes na preparação para o mercado de trabalho”, afirma.

A aluna de Publicidade Dasy Carvalho gostou muito do debate, “eu acho importante esse debate por que quem não se aperfeiçoar e não correr vai ficar pra trás, não acompanhando as mudanças na comunicação do país”, disse.

A professora da instituição Adriane Lorenzon falou da importância de debater em uma faculdade um tema tão relevante como esse, “é muito bom que todos nós participemos para que possamos contribuir, afinal de contas o assunto é novo e merece ser bastante esmiuçado, para que não fiquem dúvidas”, afirma.

O debate foi finalizado às 11h e os estudantes e professores que estiveram presentes ficaram satisfeitos com as respostas dos convidados, que esclareceram as dúvidas sobre a estrutura do sistema público de televisão, que já está formada e que todos vão poder participar diretamente do conteúdo das programações. Quanto à formação do conselho diretivo que contará com a participação ativa da sociedade ainda está sendo organizado. Mas o importante é saber que uma nova cultura vai fazer parte da vida de cada cidadão, dando-lhe o direito da consciência e opinião em uma rede de televisão voltada para a sociedade brasileira.

Thaiza Murray
Coloraboração:
Mônica Monazzi
Foto: Thaiza Murray

Estudantes de Jornalismo
Faculdade Facitec - DF
OBS: O texto e a foto podem ser reproduzidos
desde que a fonte seja citada.

terça-feira, 5 de junho de 2007

MESA-REDONDA "TV Pública: dever do Estado, direito da sociedade"


Esteve presente o presidente da Radiobrás José Roberto Gárcez, o presidente do Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal Romário Schentino e o Deputado Distrital e Promotor de Justiça Chico Leite. Como mediador o professor da Facitec Mano Lima.
Aguarde a matéria sobre o que aconteceu no debate no auditório da Faculdade Facitec!

SOLUÇÃO CONTRA O CORONAVÍRUS

Querido Leitor,  Diante do novo Coronavirus, Covid-19, circulando em nosso país, mesmo que ainda em controle em determinados Est...

O Dia que Dorival Encarou a Guarda

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Ilha das Flores

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Aquarela

https://youtu.be/PT3azbKHJZU